AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
326 fPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO zava o governador em r 703. Não entrariam na conta os que iam para S. Paulo, ou a diferença se compensaria . . ' nos anos segmnt~s, e por maneiras que escapam agora a. verificação. Da Bahía, buscando o vale de S. Francisco e subindo, o rio das Velhas , alcançava-se o coração das minas, estrada embora comprida menos dificultosa que as de S. Paulo e Rio de Janeiro (1). Por lá passavam os gados, criados ·no sertão para o consumo nas terras do oiro~ assim como escravos em quantidade. Como impedimento ao desfalque dos negros, os mer– cadores da Bahía, reunidos em junta-, propuseram e akan– çaram se elevasse ao dobro, para 9$000 reis, a capi– tação (2). Nada obstante, a escassez era sensível, e subia o preço dos escravos, de 40$000 a 50$000 réis , que fora o normal por muitos anos, para 200$000 réis, em que se achava no de r 7 38. Ocupando-se da matéria, um. delegado da, metrópole imputava em razão disso ao des– cobrimento dos metais preciosos e di;:imantes a destruição da lavoura e ruína dos engenhos (3). Em I 76 5, o direito• era ainda de 9$000 réis, exportando-se da Bahía, de I 760: a 65, apesa·r disso, 6.660 escravos, r .r ro por ano. De Pernambuco o impósto era igual, da mesma forma. par defesa da lavoura. Somente no Rio de Janeiro se pagavam os 4$500 réis, sendo então proposto que a taxa. se equiparasse à daquelas capitanias (4'). , . · Segundo os melhores cálculos, pelas duas portas de (1) Antonil, cap. 13.º. ( 2 ) Doe. do Rio de Janeiro, n.º 4.938. (3 ) Parecer de Venceslau Pereira da Silva. Bahía, 1 2 de Fevereiro, de 1738. Doe. do Rio de Janeiro, n.º 347. ('1 ) Doe. da Bahía, n. 0 6.972. \
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