AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
320 .fPOCAS 'DE PORTUGAL ECONóMICO Assim, parece, se fez, restabelecendo-se a paz no distrito, de onde Manuel Nunes Viana se retirou. Depois de se ter apresentado ao governador, reza a tradição;· mas com mais verosimilhança fugitivo, porque passado algum tempo o prenderam, sendo captor o sertanista Pedro Leolino Mariz, descobridor de minas, que levou o prisioneiro e o entregou ao vice-rei conde de Vila Verde (1). O que na entrevista se passou não foi ainda averiguado. Mas é provável resultasse dela o indulto, generosidade que, tendo já decorrido anos após os acon– tecimentos - o conde de Vila Verde tomou posse do posto em I 7 I 4 - , e conhecidas as tendências do governo da metrópole, não se estranhará. O que ao certo se sabe . é que o cabeça da sublevação dos emboabas não perdeu o direito às graças do soberano, e assim o er,icon– tramos, em 1.728, alcaide-mor de Maragugipe, , e mais tarde nomeado mestre de campo, posto em que fale– ceu (2). De Bento do Amaral Coutinho perdem-se os vestígios, mas é de crer não ter havido com ele mais severidade que com o companheiro, principal cabeça da rebelião. Estava restaurada a paz e a conciliação feita nas Minas ~erais, sem que todavia se extinguisse a emulação dos paulistas com a gente do Norte. Em I 724, des– cobrindo-se as novas jazidas do Arassuahy, já em territó– rio da Bahía, outra guerra dos emboabas quase rebentou. Primeiramente conflito geográfico e de autoridade, dispu– tando a nova capitania das Minas Gerais e a da Bahía .o .. (1) Consta do rol de ~erviços, que mandou em 1759 ao ministro Tomé da Costa Corte Real. Bibl. Nac., secção ultr., Doe. da Baía, n.º 4.284. · ( 2 ) Referências em Doe. da Bahía, n. 0 " 2.700 e 2.181.
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