AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
310 EPOCAS DE PORTUGAL ECONOMICO catas, e entre os cascalhos, envolvido nos saibros , o oiro pintava ( diziaqi tamb ,m fai~cava), à lavag m, qu s fazia na, bat eia, vaso d mad ira, ond , no fundo óni o r o metal mais pesado se depositava. Mais tarde, esgotadas as aluviões, acometia-se a rocha, fazia-se a mina verdadeira. No primeiro período, de que um contemporªneo nos guardou notícias minu– ciosas, pepita houve, aparecida em córrego, que pesou 3 libras , e que se quebrou a machado, repartida por três possuidores; outra de mais de 6 libras; dua•s ainda de r 5 o e 9 5 oitavas (1). Imagine-se o alvoroço, quando– casos tais se divulgaram. De toda a parte no Brasil e do r inoconcorriammultidÕr;§, adai qual na azáfam a. de lhe tocar algum quinhão das riquezas fabulosas. - «Cada. ano vem nas frotas ~uantidade de portugueses e estran– geiros, para passarem às minas» - , informa o mesmo, autor. E continu~ndo: - «A mistura é de toda a con-– dição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos,. pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares, clérigos, e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa» (2). O escândalo dado pela gente monástica, esquecida de seus votos e dominada pela impudente cobiça, chegou ao ponto de se tornar ·----- necessári@ vedar-lhes a entrada na região das minas (ª) .. M as de nada serviam os decretos; mais do que eles man– dava a avidez do oiro. Como recurso derradeiro foi pedida pelo governador de S. Paulo ao bispo da dioces a (1) Antonil, 3.ª Pªrte, Ci!JJ• 4. 0 , (2) Antonil, cap. 5.º. (") Carta régia de 12 de Novembro d e 1713, Agra~e~ a D . Brás. Baltasar da §ílvaira, govcrrnador d~ §. Paulo, o zGlo m pul af da ,~ niÍnas oii rdigÍosos, qu e andav m vagand o nelas, Bibl. Nac., · oi. PCJmb,, cgg , G,13
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