AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

308 f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO ' . ' ,, f d nome a serra nativa, e a povoaçao que un ara1n os; mineiros, apelidada ::!?ais tarde Vila Rica•. Estavam achadas as Mina Gera~"t:=ssenü da a designação parai a comarca, ignorada e anónima até a:Í. A ventura dos primeiros descobrimentos não sossegow as ambições, antes, como era natural, incitou a conti– nuar-se o avanço pelo deserto. Por muitas que fossem as. jazidas, nunca bastariam para o número de pretendentes; à riqueza imediata, que de toda a· parte concorriam.. Em toda a parte também se faziam buscas. Em I 7 1 8, Mato Grosso, em I 72 5 Goiaz, patenteiam ao mineiro. suas entranhas ricas. A Bahía, por onde se tinham iniciado, as diligências, não podia ficar estéril. O rio de S. Fran– cisco devia levar às terras do oiro, imaginou-se sempre: suposição vaga ,que afinal era a própria rea,lidade, pois de: Minas Gerais desce a famosa corrente. Se bem que alguns achados, de valia insignificante, já tivesse ha-vido no vale dô S . F rancisco, a exploração intensa d as jazid as data de I 7 I 8' e são ainda paulistas os iniciadores. Em I 7 2 6, estabeleciam-se casas e un 1ção, para arrecadação do quinto da coroa, em Jacobina , no interior da província•,. e Rio das _Contas, à saída do litoral. Ao cabo de quase dois séculos, realizara-se finalmente- ª aspiração , que desde o tempo dos primeiros donatários:: a coroa e os colonos tinham sempre nutrido. A constância. de uma ambição, que nenhum malogro desvanecia, tinha..• o merecido prémio. Com que efeito para a riqueza do Estado , e da população em geral, na colónia e na mãe: pátria, é o que tentaremos discernir. \

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