AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

IDADE DE OIRO E DIAMANTES 303 que o tinha elegido a c~mara por falecimento do titular, Luís Barbalho Bezerra, cumprindo-lhe ajudar na empresa das minas a Salvador Correia, e substituí-lo nas ausên– cias (1). Nessa época as esperanças montavam a 400 mil cruzados de produção, e prometiam-se mercês aos encar– regados, com a condição de se tratar de mineração ver– dadeira, e não de oiro de lavagens, extraído das areias fluviais. Os interesses da Fazenda Real acautelaram-se criando a Casa dos quintos ·em S. Paulo, para a arreca– dação do imposto, com seu provedor, e a respectiva escolta de funcionários. Em r 6 53 a· cobrança acusada foram 30 oitavas, ou r 50 de extracção total (2). Mais uma vez, portanto, as fagueiras esperanças se demonstravam vãs. 1 Em r 65 8 encontramos a Salvador Correia, incum– bido de buscar as minas de Paranaguá, - «que é negócio de muita importância e de que há muitos anos se trata», dizia o Conselho Ultramarino, em consulta· relativa ao assunto - . , e novamente investido no governo do Rio de Janeiro e capitanias do Sul, confirmando-se-lhe a independência do governo geral (3). Mas ainda tinham que passa,r anos, antes que às aturadas pesquisas corres– pondesse êxito compensador. De feito, não era desta banda que jaziam os tesouros. Em r 681 os quintos de Paranaguá rendiam 6.038 oitavas: a- 1$500 réis, preço estabelecido mais tarde, pouco ma,is de 9 contÕs; em r 690 só r.2 70 oitavas, Rs. 1.918$500 ( 4 ). Embora (1) Doe. do Rio de Janeiro, n.ºª 311, 317 a 319. Alv. de 22 Je Julho - de 1644, em Sousa Viterbo, Artes e indústrias metálicas em Portugal - Minas e mineiros, p. 24. (2) Relatório do Provedor da Fazenda Pedro de Sousa Pereira. Doe. do Rio de Janeiro, n. 0 1.839. (3) Doe. do Rio de Janeiro, n. 0 781. ( 4 ) Calogeras, t. r. 0 , p. 41.

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