AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
. IDADE DE OIRO E DIAMANTES 299' II Particularmente continuavam as diligências em ou– tros distritos. Buscavam-se as minas de oiro na· Bahía: em ltapuan, lugar vizinho da capital, ou para o sertão, na serra de Itabaiana, aonde foi em 1 690 o governador D. Luís de Sousa, com muita gente de trabalho e fundi– dores, a iniciar a exploração. Chegados ao sírio nada se encontrou; e o guia, certo aventureiro de nome Bento• Dias Caramuru, teve de expiar na cadeia o delito da..s: falsas informações (1) • Da parte do Sul chegavam melhores indícios. Sal– vador Correia de Sá, nomeado em sucessão de D. Fran– cisco de Sousa, informava de S. Vicente, em 1 6 1 6: «As minas têm oiro e são muitas, e cada dia de novo se descobrem mais» (2). Martim de Sá, filho de Salvador► vinha à metrópole trazer a notÍcia•, e amostras de pérolas ,, que se reconheceu serem sem valor. Na Bahía o vice-rei, D. Luís de Sousa, como o seu antecessor D. Diogo de: Meneses, mostrava-se incrédulo, e insinuava que de uma vez e para sempre se verificasse o que podia haver de verdade em um negócio que durava já tantos anos, e tão custoso tinha sido à Fazenda Real, sem lhe verem as. utilidades ( 3 ). Ele próprio, algum tempo depois, expe– rimentaria os enganos contra que se revoltava agora. Em S. Paulo existia já o cargo de administrador geral (1) Severim de Faria, NotÍcias de Portugal, p. 21. ( ~) Bibl. Nac., se~ão ul tr., D oe. do Rio de Janeiro, n .º 2. ( 9 ) Consulta do Conselho Ultramarino, 3 de Junho de 1617. Bibl. N ac., secção ultr., cód. 31.
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