AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

IDADE DE OIRO E DIAMANTES 2.97 com a notÍcia delas e algum minério, os paulistas, que iam de escolta, tiraram-lhe a vida e sumiram as amostras. Na povoação disseram nada ter encontrado o perito, e que a morte fora casual. O governador, não podendo resistir à decepção, faleceu em pouco tempo. Tal era a tradição que, decorridos oitenta anos, prevalecia ainda, 'conforme Anrónio Pais de Sande, governador do Rio de Janeiro, informava em I 693 (1). A jornada do Maranhão, em I 6 I 4, para expulsar os Franceses, deu aso, com o primeiro reconhecimento do Amazonas, feito em seguida, a surgirem por este lado as expectaç3es malogradas nas terras do Sul. Oiro, prata, prérolas e riquezas sem conta prometia o rio misterioso, segundo as relações. Tanto mais que se lhe sabia a origem no lago Dourado, que em vão se procurara da parte do Peru (2). Minas de oiro e prata; pedras de muito preço e serras de cristal, anunciava um escritor, viajante da região, em opúsculo dedicado aos pobres do reino de Portugal, publicação de 1624 (3). Em 1639, Pedro Teixeira, no regresso da jornada a Quito, pelo Ama.zonas, adapta por fronteira com os domínios d C astela urn rio a que cha– lllOU doOiro, por informações colhidas dos selvagens na viz inhan',i'.â , e propõe a fu nda<rão de iim povoado no sítio, · pa-ra conveniência do tráfico. Conjecturas, afinal, de qu~ (1) Bibl. Nac., secção ultramarina. Documentos do Rio de Janeiro. N. 0 1.837 : Relat61-io ao Conselho Ultram arino. (2) Relação das coisas que .há, se têm visto e achado nas terras do P ará e Rio das Amazonas, de dezanove anos a esta parte, M s. d a Bibl, Nac., olecçiío Pgmbalin11, cód, ~49· (3) Relação sumária das coisas do Maranhão; eor S~ ão Estácio d a Silveirii. Desta i-arlssitna obra h á ur;n exemplar rti\ Bibl. N aç, do Rio de JaneÍra , não se conhecendo outro; e copia manuscrita na Biblio– teca de :tvora.

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