AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

. O' IMPfRIO DO AÇúCAR 281 • IX Em I 674, a costumada penúria do tesouro régio, ultimamente agravada, levou o regente D. Pedro-a soli– citar das Cortes novos tributos. O motivo invocado eram despesas militares, a que obrigavam receios de Castela. O~s consentiram em dar um milhão de cruzados, meta ~ ntando 3 réis no imposto chamado dos usuais, do vinho e da carne; a outra metade no consumo do tabaco. Concessão temporária, limitada a seis anos, mas que veio a tornar-se ·definitiva. Para efectuar o propósito, restalebeceu-se para o tabaco o monopólio do Estado, instituindo para a administração uma junta, de que foi presidente o duque de Cadaval. Na alfândega tinham subido os direitos de ·entrada: para I .600 réis por arroba os do tabaco do Brasil, e metade da soma os do género do Maranhão e Pará, de qualidade inferior. A junta com– prava aos importadores o produto na alfândega, a preços de 4$000 rs. e 5$000 rs. por arroba. Trinta mil arrobas por ano, de que 24 mil se manipulavam, para vender em pó a I 2 tostÕes a libra, e as restantes 6 mil, para fumar e mascar, a 6 tostões. Um documento da época, calcula: ser de 1 .260.000 cruzados a diferença entre o custo e o produto da venda, deixando larga margem para a quebra: na fabricação (1). Anos depois o preço do atraente regalo, (1) Proposta ·sobre o tabaco sem assinatura, -datada de 22 de Setembro de 1711. Parece minuta original. Bibl. Nac., Colecção Pom- balina, c6d. 495· \

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