AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
O IMP:fRIO DO AÇúCAR 279 em pequena quantidade. Em 163 5 começa a entrar o género mandado por mercadores, sempre, porém, embar– ques de pouca importância. A região produtora tinha por centro a Bahía, onde nunca os invasores conseguiram esta~ belecer-se. Em todo o caso esta importação mostra já desenvolviment(? notável da cultura no Brasil. Em 1 624 instituiu~se o monopólio para a índia, aplicando-se a renda a certas despesas militares (1). Isto leva a crer estivesse o monopólio em vigor também na metrópole. Certo é que, nos últimos tempos do domínio ca~telhano, a venda do tabaco para consumo se achava em estanco, arrendado a contratadores. O método seria 0 mesmo que encontramos em aplicação mais tarde. Res– ponsável pelo todo um arrendatário geral, que por,s:u turnô subarrendava a outros, nas comarcas, o monopoho. O género pagava à chegada I 5 por cento na alf@.ndega, sobre o valor arbitrado de I oo réis por libra, e 3 por cento na exportação. O contratador abastecia-se directamente no Brasil, ou comprava· aos negociantes do que tinham em depósito na alfândega e passava na maior parte ao estran– geiro. Em 1 642, precedendo representação dos interes– sados, principalmente mercadores e oficiais das embar– cações do tráfego do Brasil, extinguiu-se o estanco. Os di– reitos foram elevados ao dobro na entrada, 3 o réis por libra, e de 3 a I o por cento na saída . A fabricação era livre. Para a venda a retalho, quem pretendesse exercer o negócio requeria licença, obrigando-se à sisa, por cuja importância calculada se avençava (2). (1) Doe. em Cronista de Tissuary, n.º de Março de 1866. (2) Alvará, 6 de Setembro de 1649. Andrade e Silva, Col. Cro– nol., t. 7.º.
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