AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
' . t. .'I\. '.J ..... , ' ' ~ t1" L ' .' .. ' li, - ' .. Ir~ ... "' 1 1 1-.. • ' ,,"f..: 1' 1 .. 1 , . . ., . •· ,, ' ·• 1 I' ,. ' .. f ,/' 1, • • BPOCAS DE PORTUGAL ECONOMICO A região do Norte, mais cedo liberta do jugo sarra– -ceno, seria naturalmente a primeira a experimentar a fortuna do tráfico marítimo, desde logo fonte de pros– peridade. Já antes de findar o século XII era o Porto -centro de comércio importante, que enriquecia os mora- . dores. Em I 249 puderam eles eximir-se ao serviço pes- 'soal, na empresa do Algarve, mediante uma contribuição, -certamente avultada, em dinheiro e suprimentos diversos. Na expedição de Ceuta, a frota e os abastecimentos do Po;to excederam porventura os da capital. A cidade mantinha com orgulho a tradição do seu pendor para a iida naval. A maior parte do ano as gentes andam pel ti,'. mar a buscar seu tráfego, dizia em seus capítulos, nas Cortes de I 459 (1). Por toda a parte, na orla marítima a navegação era ind~stria estabelecida. Em I I 94 nau– fragava no mar do Norte, na costa flamenga, um barco português, com carregamento. Em r 2 58 entrayam por Viana mercadorias de França e de terras de mouros, ,como do ·seu foral se depreende (2). É de supor que em embarcações nacionais, e porventura da própria terra. Em Bruges, já antes do século ~XIII existia feitoria por– tuguesa, a mais antiga de Flandres (3). Também a Inglaterra iam os mercadores portugueses, autorizados .desde I 2 o 3 a negociar nos domínios brit?nicos, por .decreto do rei João Sem-terra ( 4 ). Nessa época não eram -os mercador~s ingleses os. que traziam prodútos a outros ..... .. . (1) Transcritos por Costa Lobo, p. 573· ( 2 ) Portugalia: Monumenta Histo-rica, Leges et Consuetudines, l~ 6~. • (3) Vanden Busche, Flandre et Portugal, p. 27. . (4·) Shillington, The commercial relations of England and Por- tugd, p. 27. ' ,
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