AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

O IMPI:RIO DO AÇúCAR 255 fica o total muito abaixo do cálculo (1) . Mais perto da realidade estará a média de três mil arrobas , superior ainda à que consta de um escrito do século seguinte (2) . E advirta-se, quanto à renda·, que durante dez anos o produto era livre ~e direitos, e nos seguintes sujeito somente à metade, se o tinha embarcado o dono do engenho. Neste tempo renderiam as alfândegas dos portos marítimos no reino quinhentos mil cruzados (3) . Pagando as mercadorias estrangeiras vinte por cento de direitos (dízima e sisa), como se há de crer fossem 300 mil cruzados do açúcar de três capitanias, e 200 mil <le todas as outras coisas, incluindo o resto do açúcar e os demais géneros do Brasil? De toda a maneira·, e sem O exagero, aqui evidente, · quantia importante, e que, pelo gradual desenvolvimento da indústria, tendia a crescer. _Sucedia contudo que, no apuramento das contas rela- (1) Número dos engenhos (Cf. Cardim, p. 319, 333, 344; e Varnhagen, r. 0 , 360 e seg.) : Pernambuco .... ... .......... ..... .. ..... . Itamaracá ... ... ... ..... .... .. ......... .... Paraíba ..... .. .... ..... ....... .. .... .... ... Bahía ..... ... .. .. ... ..... ........ .......... . Ilhéus ..... ...... .. .. ... .... .. ........... ... Espírito ·Santo .. ................. .... ... . Ri d J · · o e ane1ro .. .... ... .. .. .... .... .... .. Total. ...... ...... .. 66 3 36 3 6 3 u8 .que a 4 mil ar~obas produziriam 472 mil. (2) Antoml, Cultura e opulência do Brasil, cit., Liv. 3.º, Cap. 10.". Número de engenhos, 528; produção, 37.020 caixas de 35 arro– bas= 1 .297.500 arrobas; Média por engenho 2.454. - (3) Arrendadas em 1602 e 1603 por 186:500$000 rs. cada ano (Livro de toda a Fazenda, p. 20), voltando depois à administração do Estado, sinal de não ser remunerativo o negócio para os contratadores.

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