AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

254 f POCAS DE PORTUGAL ECONOMICO sas de administração e da guerra, e de Lisboa não ia dinheiro bastante para comprar o género, porque o não havia. Portanto, suprimento escasso e negócio improdu– tivo. Contratou-se então o estanco pelos mesmos 24:000$000 rs. (1), soma que o escritor da época Frei Nicolau de Oliveira, em seu livro das Grandezas de Lisboa, menciona entre as receitas do Estado. Quanto renderia o açúcar, por esse tempü, ao erário régio? O autor dos Diálogos das Grandezas do Brasil avalia em mais de 300 mil cruzados cada ano sàmente a pa:rte das três capitanias, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba, correspondente a 500 mil arrobas de produção total (2). A conta peca verosimilmente por excesso, como sucede nas _discussões, pretendendo mostrar aqui o escri– tor quanto o Brasil podia ser mais proveitoso que ~ índia, e dar mais rendas à coroa. É certo que ele assegura haver engenhos cuja produção chegava a dez mil arrobas a:nual– mente; muitos porém não passavam de cinco e de quatro e de três mil. A quatro mil arrobas, uns por outros, não (1) Conselho de Fazenda. Consulta de .18 de Fevereiro de 1617. Bibl. Nac., secção ultramarina, Liv. 31 do Conselho Ultramarino. (2) Rev. do lnst. Arqueológico Pernambucano, cit., p. 7. O' cálculo provàvelmente feito do seguinte modo: Direitos de 400 mil arrobas de açúcar branco e masca- vado a 250 rs. . .. .. ..... ...... .. .... .. ..... ... .. ........... . Ditos de I o mil arroba,s ordinário, em panelas a 1 50 . rs. Imposto de Consulado, 3 % 100:000$ooo 15:000$ooo II 5:000$000 3A5o$ooo Rs. .. ............. IIB:450$000 aumentada a soma para mais de 120:000$000, por conveniência da demonstração.

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