AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
'.252 .ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONóMíCO dado provàvelmente sobre as ruínas de algum dos de francisco Pereira Coutinho. As capitanias do Sul, menos produtivas e de rendimento variável, não entravam no contrato. Quatro anos depois, as despesas de todo o Estado eram senslvelmente as mesmas, 9: 3 72$000 rs. mas tinham de se lhes acrescentar os gastos extraordinários, -concernentes à defesa:· guarnição da Paraíba por soldados espanhóis, trazidos por Diogo Flores, e de portugueses na Bahía. Os dízimos continuavam arrendados pela ·soma antiga dos trinta mil cruz~dos ; o pau-brasil por I 3: 600$000 rs.; e calculava-se em 1 : 2 00$00 rs. o que podiam dar as alfª ndegas e as capitanias não arrendadas: total 26.800$ 00.0 rs. (1). Mas devia ser mais , e não pouco, a renda efectiva, porque aos empregados do fisco, provedor da Fazenda, escrivão e almoxarife tocavam, a dois por cento das somas arrecadadas, €560$000 rs. de comissão, provindo 42 0 $ 000 rs. das capitanias mais ricas, Pernambuco e Itamaracá , e 240 rs. de Porto Seguro, Ilhéus e Rio de Janeiro. Representa isto 3 3 contos de receitas, não incluindo a Bahía, onde os empregados da Fazenda tinham seus ordenados, e não percentagem, falta~d? assim para o cômputo üin elemento de infor– maçao importante. , Em I 602 arrendou-se por dez anos o monopólio do pau-brasil , à razão de 2 1 contos , pagos em pólvora de Liége, a preço determinado, pelo contratador. Devia .assim ganhar o feliz arrematante na pólvora e no pau·: de tintura. Este era adquirido a preços que variavam de sete tostõp a dez o quintal, posto na praia, pronto a (1) Bibl. Nac., Ms., cód. 637. \
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