AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
O IMP.fRIO DO AÇúCAR 251 das somas respectivas ao pau-brasil a vintena , cinco por cento, e nas restantes a redízima·, dez por cento, para o donatário. Estas eram as rendas locais , ainda de pouco vulto. Mas acrescia a verba ,· já importante, dos direitos. nas alfândegas do reino, assim dos géneros vindos como, das mercadorias expedidas. Instalado o governo central , e cerceadas as atribuições dos donatários, parece haver cessado a participação destes. no pau-brasil, assim como cessara a redízima naquelas capitanias que, por abandono do concessionário ou reco– nhecida necessidade, tornavam à posse do doador. Por esta forma crescia a receita líquida para a coroa, ma•s cresciam também os encargos, e em proporção muito maior. É necessário chegar , ao fim 1o século XV~, já no governo espanhol, para- se ter alguma notÍcia, até certo. ponto exacta , do que poderia render e custar ao Estado a conquista americana. Dest? época são os escritos conhe– cidos, e os escassos documentos relativos à matéria•. Em 1 584 tinha arrendado o governador Manuel Teles: Barreto por trinta mil cruzados as receitas das trés capi– tanias, Bahía, Itamaracá e Pernambuco, sendo as duas últimas de donatários _. A despesa ordinária era de 2 2. 83 5 cruzados; mas como, por obrigação estabelecida, o con– tratador entregava cada ano dez mil cruzados em Lisboa. vinham a faltar 2. 83 5 ,cruzados para os gastos cor– rentes (1). Desta quantia se haviam de abater 300 e tan tos mil réis , produção de um engenho da coroa fun- (1) Carta do governador Barreto, 14 de Agosto de 1584. Cit. em nota de Capistrano de Abreu à Hist. do Brasil de Vamhagen, 3." ed.• P· 4S7.
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