AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
JJJ • I O IMPBRIO DO AÇúCAR 243 IV Das esperanças que haviam conduzido os donatários :ao Novo Mundo somente uma se realizava: a da escra– vatura abundante. Capturando os índios contrários, inci– tando os amigos a capturarem as tribos vizinhas, sedu– zindo alguns com modestas dádivas, obtinham a gratuita mão-de-obra, com que iniciaram a cultura. Em 153 3 existia já, segunqo toda· a probabilidade, na capitania de Martim Afonso, um engenho de açúcar, que foi o pri– meiro do Brasil , denominado engenho do Governador. Nas outras capitanias, os donatários de igual maneira b ~ , . - d uscaram corresponaer as mtençoes a coroa , posto que ,com mais demora n~ período da preparação. Em Pernam– huco desde 1 542. No, Espírito Santo, Vasco Fernando ·Coutinho, vindo em 1 540 à Europa tratar de assuntos relativos à exploração do interior, deixa em prepa-rativds •quatro engenhos (1). Pedro de Góis monta na Paraíba do Sul, em 1 546, um engenho de água, mas ensaia con– juntamente a tracção animal. «Dois engenhos de cavalos - diz ele - moem tanto como um de água bom» (2). Na ocasião obriga a contratar-se com ele por 40 mil reais :ao ano um mestre de açúcar, vindo do Esp~rito Sa-nto, •onde estava ajustado por 60 mil reais. A capitania de Porto Seguro, doada a Pero do Campo Tourinho, passou (1) Fr. Vicente do Salvador, Liv. 2. 0 , Cap. 4.º. ( 2 ) Carta a Martim Ferreira, seu sócio; 18 de Agosto de I 545. R ist. da Coldnização cit., t. 3.º, p. 26z.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0