AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
O IMPBRIO DO ACúCAR ~- 219 \éelha das oito filhas de Tristão Vaz Teixeira·, primeiro capitão do Machico (1). Refere o historiador clássico das. Ilhas, frei Gaspar Frutuoso, que o açúcar primeirament~ vendido foi da vila de Machico, onde se começou a fazer,. e montou a quantidade a treze arrobas, e o preço a 5 cru– zados (2). Os antecedentes permitem ave~turar que o genro do capitão-mor não seria estranho à tentativa. As canas. podiam ter sido de Granada, onde os mouros mantinham pràsperamente a indústria; porventura de Chipre ou também da Sicília. O certo é que o produto saiu d~ qualidade excelente. Reconhecida a vantagem, outros. lavradores haviam de querer experimentar a cultura. E pode ser que então se desse a intervenção do Infante> mandando vir da Sicília as plantas e o pessoal esperto~ Como quer que fosse, a tradição diz o contrário, e con– dera o caso do Machico sequência da iniciativa d~ D. Henrique. O ensaio da nova plantação fez-se em terras hoje no centro da cidade-, a que chamaram Campo do Duque, talvez em lembrança do facto. Um poeta do século XVIt israelita de origem, comemora a acção do Infante na obra que cons~·grou à . história e descrição da Madeira, onde viveu mmtos anos (ª). (1) António Cordeiro, História lnsulana (1717) , p. 80. (2) Saudades da terra, ed. anotada pelo Dr. Alvaro Rodrigues de Azevedo, P· 11 3· (3) lnsulana, poema em oitava rima, dedicado em 1635 ao capitão general João Gonçalves da Câmara. No Liv. 5.º, est. 114 e n5: O generoso Infante, que procura F azer a nova terra mais famosa, Por canas mandará para. a cult ura A ilha de Sicília venturosa;
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