AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

212 1:POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO quando se franqueou aos habitantes de Goa e todos os demais da Asia Portuguesa (1). Nenhum dos meios. empregados até então para adiantar o comércio fora de utilidade, confessava em desânimo a: declaração régia. Poucos anos antes ainda em Lisboa se acalentava a, çsperança de suprir com os tesouros de Afr.ica as defi– ciências de erário, a: que os do Brasil não bastavam.. E assim lemos nas instruções que · levou para a índia, em r 744, o marquês de Alorna: - «As minas de oiro– e prata, de que abundam os rios de Sena, são tão opu– lentas que não só podem socorrer as urgências ·do Estado. como ta,mbém enriquecê-lo ( 2 ) - . A recomendação de as aproveitar foi vã, como tinha sido antes, cada vez que. se exprimiu. Quase dois séculos e meio de experiência infeliz não logravam persuadir aos governantes que, para as realizações práticas, se requerem meios adequados, e que estes, desde as primeiras tentativas, nunca foram aplicados em África:. Nem padiam ter sido ; porque a. Nação, na embriaguez dos êxitos iniciais, se lançara a. cometimentos para que as suas forças não davam. (l) Alvará, 1,0 Junho 1755. (2) Cronista de Tisuary, 2. 0, 189. \

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