AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
• 208 1:POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO não lógrou deixar de si memória que a recomendasse., Os proveitos da cbroa, ~ominalme~te, apenas excediam. os do arrendamento antigo; 33 mil cruzados Pº; ano; 3 mil acima do que pagavam os capitães arrendatários.• Mas os 3 o mil eram livres dos gastos da fortaleza, a cargo daqueles, e no regime da companhic:i incumbiam · ao Estado os soldos: 8 a I o mil cruzados ao capitão-ge– neral de Moçambique, J mil cruzados ao castelão, além do resto (1). Corri as demais despesas, quanto ficaria de vantagem para a Fazenda Real? Por outro lado, o comér– cio dos particulares sentia-se oprimido e parece facto incontestável terem os habitantes de Mombaça e régulos vizinhos cha,mado os árabes, em revindita de abusos dos agentes da Companhia, insaciáveis espoliadores (2). Por espaço de vinte anos ficou o tráfico entregue à' Junta. O efeito deste ·modo de exploração como fonte de receita para o Estado foi como sempre negativo "' - «Em lugar das utilidades que se deviam esperar à fazenda de S. M., anualmente se lhe acrescentavam dívidas)) - , escrevia o vice-rei D. Luís de Meneses, explicando a resolução de a extinguir (ª). Em conse.... quência foi decretada a liquidação,· e arrendou-se mais uma vez o monopólio do trato, sendo o preço emprega?º em amortizar o passivo. Por este tempo já o oiro tinha deixado de ser part o Estado, e para aventureiros va,gueantes na Zambézia; o símbolo das riquezas de África. O género, que pela quantidade e valor total predominava nas explorações ,. (1) T ratado dos rios de Cuama por Frei António da Conceição, religioso de Santo Agostinho, Cronista de T issuary, 2.º, 92. (2) Cronista de T issuflry, 2.º, 180. (3) Goa, 3 Janeiro 1720.
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