AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

• 200 :ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO ainda o melhor, e foi o que a Restauração encontrou vigorando. Em I 6 35 achava-se em posse da capitania D. Filipe Masca·renhas, obrigado à pensão anual de 40 mil pardaus. Sucedeu-lhe D. Diogo de Vasconcelos e Meneses, que assumiu a propriedade em Janeiro de I 6 39, e faleceu no ano seguinte. O posto, com o privilégio, nos dois anos que faltavam para acaba·r o con– trato, foi adjudicado em leilão a Francisco da Silveira por 32 mil pardaus ao ano (1). N esta época mais uma vez tinham desabrochado e fenecido ilusões. Os missionários dominicanos conseguiam chegar à estância de Monomotapa, converter a este e seus irmãos, fortalecer a-s boas relações dos europeus com o régulo: Em 163 5 encontramos o chamado imperador feito cristão e vassalo da coroa. Da metrópole mandam– -lhe presentes e o hábito de Cristo. O rei ~screve aos outros sobas das terras adjacentes , e autoriza o governo da fndia a distribuir hábitos e foros de fidalgos aos que se mostrem amigos. Tanto em Goa como,, em Lisboa :e Madrid renasce a esperança nas prosperidades originad-ts das minas. Já o vice-rei da fndia propõe á nomeaçãó de um bispo para aqueles territórios. De Lisboa partem reli– giosos, soldados, funcionários, e todo o pessoal sanitário qualificado no tempo: médicos, boticários, cirurgiões e barbeiros, quatro de cada ofício. Depois iriam casais de povoadores, e, da Casa Pia e Recolhimento das órfãs, noivas para os residentes solteiros. Como tudo se fundava nas minas de oiro e prata, promulgou-se-lhe regimento e nomeou-se um superintendente. A es te cumpria mandar para o Reino a maior quantidade de oiro, pra ta e outro~ (1) Teixeira de Aragão, 3-°, p. 426.

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