AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

A MONARQUIA AGRARIA 21 E, acrescentava um estrangeiro malicioso, até o o-alo e ,.,. (1) p O. os capoes . ara que perder tempo em produzir e colher estas coisas de valor medíocre, quando bastava atravessar o oceano para arrecadar tesouros? III O decreto, pelo qual Afonso III, em I 2 53, regulou os salários e preços de objectos de uso corrente, habilita– -nos a formar ideia, medianamente exacta, da economia nacional neste período e até ao fim da idade-Média. É verdade que cereais e outros produtos da terra não figuram na tabela. País de agricultores, cumpria deixar– -se-lhes a liberdade de venderem pelo máximo o que tinham, adquirindo pelo mínimo o de que necessitassem. Também interessado, como grande lavrador, era o rei. Importavam-se para o vestuário panos de Flandres, de frança, da Grã-Bretanha e de Castela, estes os mais inferiores; melhor de todos a escarlata inglesa, de que valia o côvado 70 soldos, custando a flamenga 66 (2). A vara de burel, produto nacional, de que se vestia a pobreza, obtinha-se por 2 soldos, e a de pano de linho, (1) Filipe Sassetti, Cartas. A Francisco Bonciani, 19 de Feve– reiro de 1579. Edição de Florença, 1855, 'p. 132. (2) Por este mesmo Regimento valia o marco de oiro (marco de Colónia=233,8 gramas) 88 libras. Se supusermos a Esc. 12$50 ° ·grama, preço médio actual: Esc. 2.922$50. E assim a libra Esc. 33$ 21 ; os submúltiplos, soldo 1$66, dinqeiro .14 centavos. A que tem de se -dar valor quatro vezes maior, pela diferença do. poder de com~ra ~os metais preciosos. Portanto: libra Esc. 132$84, soldo 6$64, drnhe1ro 55 centavos.

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