AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

O PRIMEIRO CICLO DO OIRO 187 tarde, ao sul de Sumatra, as ilhas do Oiro, de que D. Manuel encomendou o descobrimento a Diogo Lopes. Sequeira; e estas, ou alguma-de igual designação, supõe-se que a Austrália, ainda em 1 594 Manuel Godinho de Herédia se propunha buscar, na imensidade do Pacífico. IV Do Monomotapa e império do Preste-João cuidou sempre D. Manuel extrair grandes tesouros; e, com os. que daria a Etiópia, Albuquerque esperava compensar os gastos enormes de suas empresas, e se desculpava deles. ante o rei (1). · · 1 Diogo do Couto, a quem aliás não podemos recusar o sentido da,s realidades, experimenta, como todos, o des– lumbramento da insigne mercadoria, e aparece-nos fàcil– mente crédulo. Ele conta pela boca dq SoldadO' Prático, como da China poderiam vir naus carregadas de pães de oiro, cada um do peso de dois marcos, o que não sucedia p,or darem os mercadores a preferência a outros géneros, às sedas principalmente. A Malaca iam em outro tempo embarcações de remo , cuja só carga, na volta, era o pre– cioso metal. Mais longe, no mar do Sul, constava existir ·· ce~ta ilha, onde peças de armadura, escudos, azagaias, tudo os habitantes usavam de oiro fino. E das minas do, Monomotapa que pensaremos? Bem se pode crer seja (1) Cartas, t . 1.º, p. 379: - «Fazendo assento em Maçuá, com o oiro da terra do Preste-João, pouco a pouco se irão aliviando as despesas da fndia».

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