AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
140 fPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO tratante Rovellasco, mas um grupo de seis negociantes, Tomás Xim~nes e outros, que pelos nomes deviam ser cristãos novos. Condições as mesmas do período antece- ' dente: 200 mil cruzados por adiantamento em padrões de juros, e resgate dos tÍtulos no fim (1). Quanto das somas que a venda deles produzia aos contratadores rever– teria ao Estado, em carácter de empréstimo, nenhum documento conhecido o revela; mas, pelo que se fazia anteriormente, não tendo as circunstâncias da Fazenda pública mudado para melhor, antes pelo contrário, há toda a razão de supor que parte não inconsiderável dos 2 oo mil cruzadós seria ·aplicada às necessidades da coroa. As demais condições variavam também das · que tivera Conrado Rott. Pelas novas cláusulas obrigavam-se os contratadores a entregar por ano e~ Lisboa 3o mil quintais de pimenta, como o antecessor, agora, porém, ao preço firme de 1 2 cruzados; contrato que nunca foi cumpriao à risca na quantidade já por insuficiência do cabedal empregado, já pela dos transportes, já pela difi– culdade de obter o produto na fndia. O certo é que o total da importação de seis anos, no contrato segundo de Rovenasco não passou de 95.088 quintais, e baixou a 48;762 no seguinte: menos de metade do ajustado, no correr dos dois contratos ( 2 ) : · Os contratadores eram juntamente arrematantes dos direitos na Casa da fndia, o que, pelas contas conhecidas, .se bem incompletas, devia trazer-lhes ganhos avultados : 56 por cen to sobre a quantia paga: no primeiro período, acima de 40 no segundo. Porventura não compensava (1) Alv. de 6 de Novembro de 1592, Gol. de leis cit., p. 197. (2) Cf. Liur~ de toda a fazenda, por Figueiredo ·Falcão, p. 6o.
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