FREITAS, Joaquim Pedro Corrêa de. Ensaio de leitura: para uso das escolas da amazonia. Pará: [s.n.] 1910. 447 p.
- 63- apresentando neste sentido uma sabia e eloquente indi– cação, que salvo·u a vida de tantos infelizes, servindo ao mesmo tempo de protesto solemne contra a pena de morte infligida por crimes políticos. Em sessão de 16 de Maio foram os presos condem– nados á morte por accordão da junta de justiça. O governador das armas e os coroneis Villaça e Ba– rata eram de opinião que a execução da pena fosse effectuada no logar do delicto; mas foram vencidos pela maioria da junta provisoria, que sustentou o pare– cer do conego Seixas, assim como pela maioria dos of– ficiaes de linha, a quem consultaram sobre a resistencia que deviam oppór á deliberação da junta. Assim embarcaram presos para Lisboa os duzentos e setenta e um cidadãos condemnados á morte. Alli aportaram a 15 de Setembro e, depois de seis dias de prisão na Torre de S. Julião da Barra, saíram soltos a_ empenhos do conde de Villa-Flôr; que era então um dos validos de D. João VI e o maior defensor dos . paraenses em Portugal. No meio desta agitação produzida pelos aconteci– mentos de 14 de Abril, chegou a Belém o bispo D. Ro– mualdó de Sousa Co~lho, trazendo de Lisboa a noticia de terem sido dissolvidas as côrtes convocadas para re– formar o systema politico de Portugal, sendo restabele– cido o antigo regimen. A junta provisoria inteirada dessa dissolução, reu-
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