FREITAS, Joaquim Pedro Corrêa de. Ensaio de leitura: para uso das escolas da amazonia. Pará: [s.n.] 1910. 447 p.

... -53- de manifestar a adhesão da província ao novo regímen con.c;tltucional, quando pelos actos das côrtes se con– venceu de suas intenções hostís ao Brazil. Ahi mesmo se associou aos tres irmãos João Fernandes de Vas– concellos, Julião Fernandes de Vasconcellos e Manoel Fernandes de Vasconcellos e fel -os seguir para o Pará com uma circular em que annunciava a eleição de uma nova junta administrativa e provocava seus con– terraneos a seguirem o exemplo de Pernambuco. Chegados ao Pará, buscaram os Vasconcellos o apoio dos paraenses mais distinctos; a junta, porém, contra– riou-lhes o plano, mandando-os processar e enviar para Portugal até Maio de 1822 quando foram amnistiados. Patroni e o alferes Simões da Cunha reunidos a José Baptista da Silva compraram em Lisboa uma typogra– phia e contractaram o typographo Daniel Garção, com quem Simões se fez de véla para_o Pará. Chegado ao Pará, Simões, que havia sido remune– rado dos seus serviços com a nomeação de tenente coronel, p6z a typographia á disposição do coronel Villaça, trabalhando portanto sob a direcção portu– gueza. Em Janeiro de 1822, Patroni desembarcou em Belém com José Baptista da Silva, e tratou de resgatar a typo– graphia das mãos dos seus adversarios. José Baptista e Patroni deram então á luz o jornal intitulado Paraense, no qual começaram a fazer severJa censura á administração dos negocios publicos, desen– v0lvendo certas opiniões políticas favoraveis ao regímen livre dos povos.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0