FREITAS, Joaquim Pedro Corrêa de. Ensaio de leitura: para uso das escolas da amazonia. Pará: [s.n.] 1910. 447 p.
-102- 0nde esse encanto que monstravas, rosa?••• Quando vaidosa te tornava a cõr, Nitidas roupas de setim trajavas Onde occultavas virgin.al pudor 1 Foste rainha do vergel um dia, E a louçania em pallidez mudou..• Pobre ludibrio de contrarios ventos Nem teus lamentos - seu furor calmou 1 Murchar-te veiu com seu raio ardente Osól luzente - ao resurgir no céo, Depois sem fo1ha o veµdaval dei,xou-te Quando da noite se estendia o véo ! Ai! inda ba pouco com vigor te via Quando do dia despontava a côr, E agora murcha, desfolhada e triste Nem cõr existe no teu rosto, flôr! Perdeste a graça, sem olor ficaste Na debil haste - a definhar - morrer; Pallida a frente, sem signal de vida Já tens pendida p'ra jamais erguer! E quando a aurora alvorecer sorrindo O céo tingindo de purpurea côr, Per'las mimosas de seu pranto algente Na curva frente e virá qepõr r Mas ai ! não ha de, minha fragil rosa, A côr formosa te fazer ,·oltar; Tu sempre triste ficarás no prado Sem teu estado de verdor cobrar t Té que essas folhas - qual singela c'roa Que cinge a tua moribunda tez, Serão nas azas do tufão levadas, Ou esmagadas do pastor aos pés1
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