FREITAS, Joaquim Pedro Corrêa de. Ensaio de leitura: para uso das escolas da amazonia. Pará: [s.n.] 1910. 447 p.

- 14 tubro, o marinheiro João Rodrigues Bermejo, da cara– vella Pinta, deu o grito: Terra! e um tiro de canhão an– nunciou á esquadra a descoberta do novo mundo! Ao despontar da aurora, viram-se verdejantes mar– gens, alvas arêas, habitações cobertas de palhas e gru– pos de homens e rµulheres quasi nús; as mulheres olhavam para os navios com maior admiração do que os homens, considerando-os especies de aniµial– gigante. Colombo, séguido de seu estado maior, desceu a terra, ajoelhou-se, beijou-a e erguendo os olhos aos Céos, exc]amou : « Deus Eternoeümnipotente, que pela energia de tua palavra creaste o·firmamento, o mar e a terra, glori– ficado seja o teu nome por toda a parte l que tua ma– gestade seja exaltada de seculo em seculo, tu que per– mittiste que, pelo mais humilde de teus servos, fosse teu nome sagrado conhecido nesta metade até aqui occulta do teu imperio ! » Esta terra, de que Colombo tomou posse, em nome de Jesus-Christo, para a coróa de Castella, recebeu o nome de S. Salvador; era a ilha chamada até então Guanahani, pertencente ao grupo das ilhas Lucaias no mar das Antilhas. Os índios do logar ficaram captivos da benignidade de Colombo e de seus companheiros. Estava, em.fim, descoberto o grande mysterio do oce– ano; prevalecia triumphante a theoria de Colombo, e a sua gloria, envolvida em tantos perigos e difficuldades, tomava o brilho, que durará e~ quanto existir omun<lo.

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