FREITAS, Joaquim Pedro Corrêa de. Ensaio de leitura: para uso das escolas da amazonia. Pará: [s.n.] 1910. 447 p.
-U3- Não tendo os revolucionarios podido levar ávante os seus planos, foram os seus principaes chefes presos e condemnados, uns á morte e outros a r.umprir sen– tenças, conforme a gravidade do crime. Antonio Carlos foi preso e recolhido á cadeia publica da Bahia. Aconselhado por s~us amigos para que pedisse perdão ao Rei, Antonio Carlos não só recusou fazer tal pedido, como, desprezando as ameaças da morte ou do degredo, escreveu, inspirado do santo amor da liberdade, um so– neto, que abaixo transcrevemos, e que faz honra ao seu éstro poetico e aos seus sentimentos patrioticos. D. João VI, que todas as vezes que podi<1, faúa sobre– sair os seus sentimentos de clemencia, perdôou a fi– nal aos·prisioneiros revolucionarios de 1817. _. III .,_ Pouco tempo depois de haYer recobrado sua liber– dade, Antonio Carlos foi eleito pela província de S. Paulo deputado ás córtes portuguezas. Começaram então os seus triumphos parlamen- tares. · Presença e voz insinuante, eloquencia, qual a de Ci– cero e Demosthenes, arreoatava o auditorio e fazia tre– mer os inimigos da patria. Fallava quasi todos os dias e mediu-se na tribuna com os principaes oradores de Portugal, a quem sempre vencia pela palavra, ainda que derrotado na votação. Por occasião de discutir-sé a constituição portugueza.
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