Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos
• ..... ~~---· ·.\ .. i •·;_?~.. ·::.' . ' ' , . ' de uma planta , a delicadeza e formósura ele uma· flor , e toda a máquina mundana , tão bem arran– jada e tão bem disposta , do modo que fiz patente aos vossos olhos ? E se á este feliz concurso nada disto é impossivel ; porffue não tem elle produzido outras cousas novas , antes cada vez mais admira-~ mos as mesmas leis , a mesma ordem , e a mesma constancia na Nalureza? Uu porque motivo o mes-:– n10 acaso , que aj-untou essas moléculas para fgr-. mar o univel'so , não as tem desunido p:;1ra o des- truir ? . , Um principio de altracção e de g1:avitação , d1ra talvez algum Atheo conserva umdas essas. partic~las _na sua situação 'primitiva . , O' ce~~eira '. ' do entendm1ento lnnmrno! A onde ~s prec1p1tar, d'1sgraçado Phitosop iante ? Detém-te ; espera um pouco , e junto á bor da do teu mesmo abysmo faze áinda esta pcqu~n-a reflexão. Ou este principio tle att1:acção e de g ·avilação foi anterior á formação do Urnverso , ou foi :}Osterior. Se foi anterior ; co– mo por tanto t e ) O se suspendeo a sua activicfade ? E se foi pos teri r ; qual é a sua orjgem ? . Bem sei , enhores ; este partido já não agra- .\ da ao nosso impio ; elle procura outro , e vai dar comsigo na 11 atei_-ia e!erna. Diz que j além da~- ~atureza nada mais existe , e que tudo ' . quanto ,,emos , e ai nda mesmo o que a 1 ossa vista não alcança , nunca tivera principio . Lembrai-vos da pintura , que vos fiz dos Céos ; e como aiém dàs .. •· •. .Estrellas fixas , que são innumeravcis e tão dis– tantes , que nem se podçni contar e nem medir , provavelmente existem ·ainda ~utros globos de lu- ··· zes~, e por c~nseguinte otttros tantos mund_qs•; ."ª' '--~ rn,wo humaj\' frac~ limitada c~mo é , cg~n~. • "' ·: _._. . ~ l• · ~ : ·- ~--~--~~ . - ·• \.. "- '
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