Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos
r .. J. ~,; \ _ . '1 J Este immen~õ pégo , que por toda à parle circula a terra , . e parece devora-la com as suas empoladas ondas , por uma lei cons tante., que elle tanlo menos · entende , quanto mai~ ohedece , retrocede o çaminho , sem exceder os lim:1Lcs. ,As aguas, que ·eoéhem o seu vast.9 ,se_io , posto qne :• desagradaveis ao nosso gosto , . j ~: que ' em se(i lugat· ... temos as fontes , são proprias para a . vi vcn~a e L--.,1 habitação dos peixes. Sem o sal e helume , ~ que se achão saturadas , acaso oão se corrompe-. l'Íào, o mar n ão seria pantanoso ? E de qnanlo não~_ servem . tteste 1 gráo de tempe ratur~ ! . S~bre ·,a SL~a sup~rficie as uaos suslenlão-sc, e vao ligcn>as a pai-,.– zes r~motissimos estabe!ecer entre os Povos ·~:Com-\. merc10 , que tão diílicultosamente e~s faf,:ao , se Jlara este fim fossein obrjgados de ~ vez á em– prehendcr uma jornada de muitos mezes e até de ann_os , atra-µessando bosques , vadeando rios , e _., .suLmdo t ntas , e tão escarpadas rochas. _ Da ~upcr&cie da terra se levantão, bem como ;Soberbos colossos no meio d'nm valle , estupendos montes , umas vezes em fórma de pyramides, '- •· r outr'hora d'uma fechada trincheira. Eternos re- · servatorios de cristallinas aguas , ne1les se dena- ' mão as catadúpas.do Céo ; inaccessivel habitação~ da neve , quanto nos alegrão , se no ._ tempo dá'~ .. tnais ard~nte s~sta de sc~1 cume desce a'·'inais bella ,. _ cascata, ou rebenta de suas entranhas a clara fon- · 1• te , que fertiliza os campos ; laboratorio i.érpelrlQ.,f(i da natureza , vastos paizes de ouro e prata , as.\>- • , Jnontanhas offcreccm ao Philosopho estudo. , e pre- ·: · · mio ! E quanto não conco_n•em para o. sys!ema . 1 k n~l~_nda?o ? Os- monte_s '· diz o .i\bbade B(r,Jt11Cr. , SiHl c\·~de~1cnte ,,stmados para d~vidir, _:ds -~i · . . , !J: • ~ --'-- ---- - L .
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0