Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos

!'j' _, ,.. • • • l .. ..~. ---~,-, (--..-- -..-.. -,e-. --~- . · ..--"1117-- _. Por semelhante modo poder-se hia · provàr a té, que ·não dor!1iimos; por que o ultimo momento da vigilia não é O"' somno , e nós não sentimos um somno , ao menos sendo profundo . Seja embo-. I ra a morte um ente negativo, uma abstracção , seja uma palavra ; o certo é , que passamos desta • pa_ra a outra vida , e que os momentos preced_en- - tes podem ser ou não sensiveis e dolorosos : o JUS• to se a-legt·àrá : ridebil in die novissimo ; o pecca– dor padecerá : mors peccatoruni pessím,a. Além de que a experiencia comprova , que muitos en– fermos conservão todos ·os sentidos , e declarão a sua ultima vontade até expirarem ; elles morrem · fallando , e marca-se cõm o" relog~ o momento .da morte. Dir-se-ha , que clles não a sentírão V Quantos alentados pela tranquillidsde4ffa conscien- cia , e esperança d'uma eternidade feliz , acabão so,rrindo-s~das vaidades do mundo , e adormecem 110 seio do Creador, como um filho nos bra~:os de seu Pai! .E quantos pelo contrario atormentadol dos mais pungentes remorsos mostrão dores insof– friveis antes d'alma do que do corpo, e as mais teniyeis angustias da morte ! Hufeland quer , ,. · que seja isto uma illusão , e eu quero, que seja um presentimento natural. .Nós não nos compa- • deccmos senão dos seres sensiveis, temendo achar. nos nas mesmas circunstancias. A' respeito final– mente daquelles moribundos reduzidos ao estado co• matoso, e apparentemente insénsivel, nada podemos affirmar ; seria n).ais adivinhar do que philgsophar pertender, que elles não sentem no interior, por que não dão signal de sentimento exteriormente , Mas ai nda neste ca~o a affirm:tiva parece est ac <li p os,a parte , uma ,vez que _é inegavel a immo~la; • ' 9 * 4

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