Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos

. . . . ;e:-...: ..• . _. '?....: :: .• ,. ' . . . !em perder ao mesmo tempo , ou , mesmo , ~em ter já perdido o sentimento da vida ; pois para isso se carece d'orgãos mais delic'ados-i Em ~º. lugar , todos aquelles , que depc-oís de haverem experi .. mentado o primeiro gráo da morte , forâo nova– mente chamado~ á vida , assegnrão que não ex- -• perimentárão nenhum sentimento da morte , mas que estavão sem forças , e inteiramente sem sen. tidos. Um homem ( accrescenta o A nnotador ) , que se enforcá_ra , e o quál outra vez , por assim dizermos , tinha resuscitado, disse que no mo– n1enlo , em que a corda lhe apertára a garganta , cahíra elle n' um estado d'insensibilidade _completa; e que só se lflltnbrava confusamente d~ ter visto re- ~ an;ipagos , e ouvido um ruinor surdo como <l~"! si– nos. Não ftt<,ão. impressão sohre nós ( conlm{1a Ilufeland ) as c01wulsões , a dor interna , as an– gnstias apparentes da mo1·te , que aJguns mori--, bundos apresenlão, Estes accidentes são horroro- , los sómente para o espectador, e não para o mo• ribnndo , que os não senle. .E' como se quizes-• scmos ajuizar das sensações exteriores d'um homem. . atacado d'epilepsia ( gota coral ) pelas convulsões liorriveis, que soffre no exterior. Nenhuma idéa clle forma de quanlo nos causa tamanho pesar • . ·- ( Tom. 2. cap. 8. regra 2 •) - Tu<lo isto se reduz á dizer : 1. º A morte é o contrario da vida : mas esta consiste oo sentimen- . to ; logo na faita do senÜmenlo cot:isiste a m f_) rle , . • ou, o ~ ue vém á ser o mesmo , a morte não se ~ente. 2. ". foliando como Epicuro : O uhimo mo– mento da vida não _llóde ser a morte ; depois dé_l-:- i • 1~ s:gue-se a etermàade. Logo a morte não _ex1s• t~.; é um ser abstraclo , um ente de 1·azãot t • f • •

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