Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos

, • Tractar1do de Lucrecio ( Nota 24 da Historicl d a Philosophia ) dissemos ~ que no seu Poém~ • De Rerum 1Vaturá clle reprehende aos. ho- • . mens o temor da morte. r~as excavacões da Ci,- <lade d' Herculanum acaba-se de descob{:ir o Trac– t ado d' gpicuro sobre a natureza das cousas , que ·ervio de base á esse Poénp ; e o lnglez Haiter, enviado á ijapoles p elo Principe de Galles para <lesenrolar os volumes enlerrados , tem promet– tido a sua vulgarisacão . Eis o que eLffretanto lcm- b1•amo nos <l'inse1·ir: · ✓ . . . ,, . . Tanto na antiguidade , comer ~m nossos <h- as ,· tem havido quem perlenda Ji vrar-nos dom~– do da morte. Lactancio, disputando contra Epi– curo, refere , que este empregava o seguinte di– l emma : Quando nós existimos , a morle não exisJ te ; quando existe a morte , nós uão existimos ·; ~ Jogo nada temos para temer a morte ( Li,·. 3. cap . 17. ) E o celebre Ilufelan.d , Doulor cm lUe- . · dicina , e Lente da Universidade de Jena cm Alemanha , na sua J-lygiena, publicada no corrente • • • scculo, asseYera o seguinte: Nunca houve, quem sentisse a morte , e nós deixamos o mundo com tanta insensibilidade como á eilc viemos. Eis as minhas provas : em 1 ° . lugar, o homeni não pó– dc, ter nenhum sentimento da morte ; po~s mor- • rer é pel'der o principio vital , pelo qual a alma aviventa o corpo; logo á medida ~uc perden,os o prin– cipio .vital , tambem perdemos a sensibilidade & i _conhecimento , e I}ÓS. não podeµ~os perder a vida, ., • . f ' ' p •

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