Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos

.·:- ~·• .•· : . . . °' .. 1 '• ( 1 ) Ha quem diga que João Locke não foi Mate• rialista. A resolnçâo deste prolJlema não tem aqui -h,gar ; entretanto é n ecessario ad~erlir, que este l'hilosopho na sua obra - ·- Essa1 Philosoplúqu~. conccrnnnt l' enlendemcnt humuin -- traduzido do lr!O'lc2 para o Francez 11or Costa, que é a de que us~, T. 3. C. 3 §. G. pag. 287. 5." edição de Pariz ,– diz expressamente , que pela razão é impossivel s1bermos, se a cogitaçào l'epngna á maleria. ·Eis– aqui as suas fo~n es palavras : · ll naus est impos- ...sible de decOU,Vrir par la contemplution de nos propres idées ••SlNlS révélatiun , si Dieu n'a poi71t donné d quelqurs amas de matiere disposés com– me il le trouve à propos , la puissance d' apercévoir et de pense,._ Nós julgamos melhor não o contem- 1-lir , ainda que o devera ser ; por que apontá– mos acimil Stillingfleet , qne o refutou nesta pns• . sagem. . . E com effcito ; Dcos poderá fazer cousas con- . -f1:a<lictorias? E.lias são repugnantes á Summa Sabe– doria, e cm si mesmas .são repugnautes. O circu– lo-Quadrado é uma chimera ; e todos sabem , que é z~ro a sommal do posilivo e negativo na mesma quantidade. Ora csLão nesle caso a l\'lateria , e o • .Pensamento ; e a razão bellamente o alcança. · lUa~nós não conhecemos todas as proprieua– «les da ma teria, dizia Voltaire; logo entre as occul– tas póde estar a do p;nsamcnto. Que raciocinio ! Nd-s não conhecemos todas as propriedades do cir- · . . ~ cul.o ; logo pelas occul tas o circulo poderá ser q na- ' ... • • •• , ., • ·,

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