Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos
6 • . .·.. ·-10 -:--· ' . . mesmo , que já passou. Agora estou pensando da vroposição, que tomei para pr~, ar , e daqui á · pouco sobre o modo , co 1 que s·atisfarci , ao que vós me perguntardes. l~to posto , eu desafio ?s noss_os celeb~·ados -.opposllorcs para responder a este sunples dtlem- ' ma : e a minha alma é corpo , se a memoria· procede do movimento elo meu cerehro ; quando me recórdo de alguma cousa , nascerá isto do mes– mo movimento , que primeiramen te a produzia, on d'oulro movimento differcnte? Se procede do mcs.– mo mwvimento , em vez de me lembrar daque la idéa, supponho que adquiri uma idéa nova · ; ( 18) e .se procede ele ~1ovimcnto, <lifferente , em htgar da inesma , qt~p ··tendo recordar , terei outra di- 'f d . ( versa a pr1 e ·a. A' quantos absurdos não chegamos , ·ou pa1;a melhor dizer , não chegão os l\laterialistas, qnan- dj ·negão a espiritualidade d'alma hu arta ! . Ellcs n,o sómente se oppoem á provas evidentíssimas da l ·t.zão , aos argumentos , que i1ascem da natureza, 'da · essencia <la mesma alma , como tenho mo'S– tradi> ; mas tambem ao ·pensar de gi=andes ho /ns , e ao commum sentir· de todas as Nações. ·• E será necessario ainda provar est~s duas proposições ? Quereis ainda 1irovas <l'aut,oricla– de , argumento5 extrínsecos , mas valentes da these , que defendemos ? Ouçamos primeiramen- •·~e a dou~ grnn<lcs Philosophos , um antigo , ou– tro moderno , e ambos eloquente~. Se ha uma quinta natureza , diz Cicero , diversa dos quatro elt>Jnentos , como qu~ Aristoteles , é a dos Deo-- •· .ses • dos Espíritos , e nós pensamos com ell~ . · Não se _póde achar neste ll1t1ndo a origem d'alma ; .... ~ -~ . ,. • •
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