Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos
I • ·. • . . 'µunento, de cousa alguma ·jámais pode riamos fo1~--.• mar um só conceito. Quanto isto seja repugnan– te ao testemunho do senso intimo··digão ainda mes ◄ mo os nossos adversarios ; e depois confessem , que nã~ convindo á um principio c~mposto , á um sujeito extenso a faculdade ele simplesmente >perceber , ai_ncla n:!ais é com elle incompatível a faculdade de Julgar. Sim, Ouvintes Respeitaveis ; se o Jmzo co11-: siste na percepção clara da Gonveniencia , ou re~ pugnancitl de dúas idé_:s , _que adquirimos ; é ne– cessario, que estas SCJaO s1mnltaneas, e ao mesmo tempo presentes ao sujeito cogitante; do contrario, . perceberá cs,e aquella relação ? Se eu passando á -•· pensar sobre um quadrado , esca1)asse-me .'.l idéa de circulo :>:iw.eren<lo r ecordar-me desta, aquel– l'outra se ausentasse , já mais perceberia a diff:e– rcli.ça elo cireulo ?º quadrado ; e se quando tiver a idéa de justiça ., faltar-me a idéa de Deos, e quan• lo deste ente formar idéa , esvaecer-se-me a 1.déa de j nstiça ; como aílinnarêi ., que Deos é ...justo ? U jnizo é a comparação de duas cousas ou . idéas ; e estas não podem compaTa1·-se , · quando temos un1a dellas tão sómente. Conste , se é pos- 5ivel , d'algumas partes a minha alma , e n'uma • dell~s represeITte-se-lhe um P..aralJelogrammo F , e n'outra um Parallelogrammo G. Em €_1ual das duas poderá ella perceber a relação destas figuras?' • Em qual _das duas conhecerá sua identidade ou •distincçlo , sua i_gualdade ou <lifferença ? .Em qual das ·duas serão simultaneas a que lias idéas ou no- - ções ? ( 12) Hespo~djo os 1'1ater_ialistas ., em quan– • t<! ~u _vou ~onclumdo , que da sna opinião de~ _.. · vemosi' dedu:2ir , que a nossa alma já mai:, pãde . .... \ ~ -~ .. ·"" . .. l·. 1 •
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