Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos

• 1 .. ··.•:;~ . ... · . . . .• ... . ·:•--/101- . . , guma dellas ; sem que não pense d'alg um corpo} Como pensar <la divisibílidade sem a cousa divisível? Como e.lo mov imento sem a cousa, que se move ? t A M.echanica emprega as suas maças, quando trac– ta deste ; e quando passa á tractar daquella , a Physica emprega os mesmos corpos. As idéas uni-'(. versaes ou não tem objecto al~um r.eal , ou tem objectos particulares. , 8) Quando tracto porém dá ~ogitação , que corpo poderei imaginar? 1'~u não vejo corpo algum , de quem ella seja attrjbuto es– iencial, nem t ambem attribnto accidental. i _. • Se a Cogitação fosse attributo accidental d' um ,$ujeito corporco., ao menos algumas vezes se acha– ria nelle , e neste caso seria tão co~posta , como· • elle mesmo. (9) Assim teriamos a ~ade d' uma · · dúvida, .a terça parte d ' um ju't'! , qualquer fracção de qualq uer acto da nossa alma. Até ago- 'l'a não houve, quem tal dissesse. ( 10) · l\las absu rdos semelhantes encontraremos i ' _se attribuirmos a percepção á um ente materiar. ( I 1) Se n'um ente materia'.l , se n'um sujeito t extenso tivesse l 1gar a percepção , ella certam~Jti · . lc .pffecta-ria cada uma clas _suas partes. Se affe44 . _ \ (f) 1asse , se e. istisse n'algumas dellas tão sómerite , 1 . que privilegio terião estas para cogitar , e não as outras ? Todas são da mesma n·atureza , todas - <levem perceber do ,mesmo modo. l\'Jas 1 neste caso não have_rião sempre d'uma s6 cousa tantas e tão di.versas _percepções, de quantas partes constasse • o sujeito cogitante ? Nunca seria possivel • uma só' idé'a, um só juízo , um . rac10cm10 s6 ; nunca -haveria unrn só dúvida , nurv:a teríamos nma só ce1;teza , a ~iOSSa evidencia se dividiria em 1) 1.ii" ~as , .~ tiel'i~o sempre multiplices os actos do nosso ,,ente-n~ · . ·~ ~ \. '1'. ,.. / .. N . ~,1. ~- . _. ~ . • •, '- • 1

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