Discurso sobre a HISTÓRIA DA PHILOSOPHIA e DEMONSTRAÇÃO da EXISTÊNCIA de Deos
. .... • , - •---;. ; l· : r~· ·. 'J .. . .. -- .-~ ' / DISCURSO. Parece-me uma verdade foconlrastavel , e que facilmente concedcráõ os mesmos Materialis– tas , que deve hav~r .e~n nó_s uma substancia in– >tcrngente, um pnnc1p10 c~g•~ante , se assim não for dizendo-nos o senso mllmo , que entende- . ' a~ , mos que pensamos, que ao-i:e em nos cogita- cões' serão obrigados á confessar , que de seme- Íhallie effeito não existe a causa. (3) · Mas qual é a na t ureza deste principio cogi– tante ? Quaes os altl'iLutos , que constituem a sua cssencia ? Quaes as p ro priedades , que lhe con– .. ·vém? Direm~s por venl ura com Epicuro , que a • 0 sua natureza ll_ compõe de átomos , de moléculas, de particul~Frfilisadas e müi glo·bosas , dotadas J)ereune e constantemen e d'mna veloz agitação , d ' um 1·apido rno,:imenlo ? Af~rmaremos com Py- 1fagoras , Ileracl1lo , e os Sto1cos , que são tão materiaes como as do fogo as suas propriedades ? Defenderemos com P latão , que a nossa alma , :pos_to que desconheci da ? deve ser urna parte do Umverso , da su bstancia mundana ? Julgaremos com.o Crantor , para explicar suas d~versas ope- .i·ações , que ella é um composto de muitas e dif– ferente s nat urezas ? Como A ri stoleles definir emo-la - Prime i.ra Entelecl1ia do corpo organico --? Ima ~ ginaremos com V oltaire , que ella nasce, , vcgéta • • • ,:r~sce ,.~ nvelh ece , acaba, e morre com o corpo , á que fo i unida? Sustent aremos com João Locke , que não sabemos , se á ma te ·ia repugna o pensu- ~ m ento ? Affi rmarem°" em fim com os ont r .,s Mate– • .rialittt~s. , qu e as suas cogi tações ··não differem qas · • m ~smas .sensacões cor1Jo rcu.w Não , S enhores , .. ~-.. . . ... ~ ·' , ·. , , . : . ~1 ;;. ,• .la.. ._:· • J • I f .. •
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