BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

A(llli temo!! - um fa\laz • cbamando religião da l1istorla ao que os Critico• ~n,oininão lf'is severas da histol'ia. ou verdadeil'o methodo de a escre– v er: e fazendo-se preconizador desta nova religião se~undo os dktames do seu apostolo Guizot. O estilo, co~ que nos promulga o novo modo d!! aca~or a v,erdade, e de a constituir benigna, he mais Roetico qtie o da il)VQCaç 'io, que faz Vollaire no seu harmonioso e ele~aote Poema do qu<1 rto Hen rique: e nesse mesmo estilo desfP.rio tal estro que Q levou a e:.quecer- se da rev erencia devida :í nossa Religião Divina, de– fi_nioflO serem pala vras sacranH ntaes da religião da historia as regras ,1ue o se u mestre Guizol quer f i i-111a1· no coração e impresJionm· na m ente d o P.sc riptor. de acontecimentos historicos : como se a historia, ele que el).e tra ta, que he uma na rração d e succe!sos humanos feita pelos ho– m.eus, e toa a dependente cio assenso , que merecPm os ducumPnlos, o c_aracter, as luzes, as circunstan cias· e consid1!rações, em que se con– tem pia o llistor~ador, fosse uma e ntidade sa~rada, a que se de vf'SSP. honra ~ a,c<1 la111ento. Ent re os que estão den1ro da unidade Calholica, istú he, entre os que profr::,sã o a Religifo fundada pnr .Tesus- Chrislo, e annun• cjada pelos Apostotos a todo o 11111p,lo, e ntend e-se pela palavra religião o culto que se tributa a Deos segundo as leis que Elle ,lco prlos ~eus P rofetas e pela o:i ao ifesta pess•Ja de- seu Filho. A palavra ~acr,amPotal be uma pc1l,avra. essencial á (ormjl do Sacranwn10; e a dontrina dos Sa– c rameolos está definida na Sess;ão, VH do Conr.ilio de Trl'nto: os ~acra• ~en tos n:io são obra, rio~ home ns, são o insrrnmcnto da graça, qt1Pro dizer . da \)articipacào all;i, sublune, e iJllim;i da mesma ní\tureza cli~ina, q ue por ell a se nos commuuica o nome e o vrrdadeiro ser de filhos:, de Deos: da gra c;a em summa que segundo ~ão P11 ulo aos de Epbeso l_!.OS fora dada como arma <1e salva~ãQ para rech_açar os liros, que nos laoção os demonios iradoii: Quo possitis ign ea tela extingnt:re. Não vemos que o maior orador <.lo povo d e Romulo apPsar de s11r gentio recommenda:ise ao hls1~riador sacriíicios á vrrdade parc1 nbtl'r. ,folia a sua direcção: e nem tão pouco que M sse idéa de· tr r ou rll'v(•r te fl a IJistol'ia uma religião. Entf'ndeo q uP. ella com o s11u quarl)to dos a– contecimentos passados dava insu·uc<;ão para 0 ~ pr"sentes, e ad,·ert~ncia para os futuros, e por isso lhe chamou Mes tra da vi,la. Na Mitholo-– g ia ta nto a ve rdltde, como a historia, são divindad,·s alh•gnricas, as quaes os Homanos não ergu erão templos Sff.l'tllldO pralicáriio cnm a hon ra e com a vi rlllde : e.m ruja erecção . a fim de dar e st imnlo os ll'a<;avão de t a l sor te que pd o da \ir,tude se enlri!va ao da honre, Mas de fJ ne serve na censura dos defeitos de um hi~Wrfr1 dor o emprl'go da, mithologla . poetica mesclada ile idrí!s do Ca tholicisrno? E he ('S le •o lion em, qne• s e arre meça a casti~ar as produ cçõf's do a lheio espirilo ! (1( tan to chega o seu· eu.iono 11cientifico ~em pa~ecido com o orgulho lilel'ario .. Cllincz,~

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