BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.
-8- meridiano tem até formulas geraes as mais perfeitas, a q·ne pelos prin– cípios theo1·eticos se tem podido cbPgar, e bem conlieciclas dos que tem ,-ersado proficuamente os livros proprios, e não dvs que se tem por Geografos só porque aprender;io os uornes de alguns pontos e circulos, de que os Astronomos composerão a esfera artificial, e que os Geografos imaginár~o prolonga1os á esfera terrestre conceutrica r.om a c1 leste, e sa• bf'm volver o globo em l)llsca. da posição geografica d• um dado lugar, e nunca conhecerão o a uxilo, que as luzrs . dd As1ronomia e as fadigas dos corajosos navegantes subsequentes ao afoito Fernanclo de Magalhães na empreza de rodear o universo pelo f-ul da i\merica trm prPr.iado á Geografia depois da sua restauração pelos Arabe11 ua idade do governo feudal, que envolveo por longo tempo a Europa. lgualm!'nte no Ensaio Corografico os longitucles não tem dirvPrso co– meço de contar os grãos: nem se pode ignorar a que obsenador são ellas devidas, porque nelle se acbão todas d •duzidas do meridiano ordenado pelo Rei de França, Luiz Xlll queL"o diz.. r do primeiro meridiano collo• cario precisamente na lllla do Ferro, a mais occidental do grupo das ' Canarias. onde lambem Ptolomeo. o mais s;,bio dos Geografos antigos, havia fixado o seu meridiano: cujo grupo corn a ilha de Cuba e as Fi• Jippinas he o que resta de todo o antigo volume colonial ela Jlcs(l.. nha, e porque no mesmo Ensaio est!i. enunciado qu e me servi cios Mapa!'> lias demdrcações comecadas em 1780, e suspensas em 1802 por Aviso ele 2-3 de Julho desse an~o. Deste modo as authotidad·es, em que me arrimei. erão os Astronomos e r.-eografos, que assignalárão part!' da linlla de de:– marcação do territorio ParaPDS!': e se •as observações destes demarcadores são duvidosas para o Snr. l\lachado de Olivl'ira Jsso pouco importa por• · (JUP o seu conceito neste ass11mpto he uma enti:lade microscopica, quero dizer, he nenhum no Mundo litterario. ~a Corografia Paraense algumas posições ha destituidas dos grâoa de longitudes: com tudo a nota dessa dPstitnição só a pode fazer um vanglorioso allumiado de um frouxo crepusculo dr lição na materia. Mui– tos Geografos deixão de expressar as longitudes: suas obras o confirmãcr, incluindo-se no numero destas a Navegação de José Gonçalves rla Fon• seca pelo rio Madeira de ordem de ElHei Dom João V, o Diario ela Via• gem de Francisco Xavier Ribeiro de Sampaio Ouvidor do Rio Negro pelo Alto Amazonas, o Roteiro do Padre José Montefro de Noronha Vigario Gnal do mesmo Ria Negro para viajar por toda a Província, e Q mo. derno Roteiro dos ~ares do Capitiio Tenente t\ntonio Lopes da Costa Almdda, no qual mt>nos nas Taboas Cosmograficas de muitos lugares se frz menção só com a sua latitude em gráos de circu\o repartido pelo wethoclo antigo, e não pelo que seguem LaplaC(', J,egendre, Biot " outros, ~ por i.sso 1,)~o 4.e recto dizl.r•se que a cor()g(afia ·Paraeuie oão ~~ est4~
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