BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.
-62- para o dominio da Historia", e a que se recusaria o. historiador .que ti..i vesse consciPncia -d e s ua5 p rrogati vas u Todo este passo he propris~iroo do Tartufo de Moliere no conceito da1uell es que de perto couhece m a p essoa mo ra l do Sr, Macha<Jo ,le Oliveira: elle allucle ao caso das !'a r– teiras, qu e a voz pop11lar del'l'umou pelo l.lrasil e Portugal, e qu e Hrn tq deslustre motivou á aquelle Governador, que alias podia se rvir de mo Ide em animar os diffPrentPS ramos, de qu e d r•pcnrlia a prosperi,lade ela Provincia, e no desvelo e t1·a!)alho, com que se a pplicoo á parte fi– nanceira. Para o inçlicado caso ter lugar no m,:u CompPndio, e e u não pod,· r furt a-lo ;io grande brado que cleo linh a para ex«>mplo todos os hi storiado res Portuguezes e os das outras Nações, dos quaes ucnlium a r– chi vou no silencio as paixões amúrosas dos GovernantP.s quando destas resultilvâo oialel\ notorios: nenhum deixou de m ncionar aquellrs que romperão a conlinencia conjugal authorisando com este seu máo exem– plar a dissolução entre os dous sexos como Luiz XCV de F rança com !'rladama de Montenon, e Carlor Il de Inglate rra com Madam a d e Po• stmut, e Dom Alfonso Xl de Castella com Dona Leono.1 Nunes de Gus– m ão: nenhum em fim calou a narração de factos seme lhantes exce pto quando encontrava difliculdades em produzir as. provas que os verlfi– cas$em, ou quando ha via 1emor de os relatar como entre os escriptores. Hespanlloes com a morte do Príncipe Dom Carlos de ll cspanh a hnput,ula n seu pai Filippe U, a qual ate agora tem permanecido como um ponto historico controvertido, menos no pensar do grilnde politico Don1 Luiz da Cunha, que sempre julgou convh·-lhe o nome de cruel, tilhicida , 11angulnario, ambicioso, e sobretudo um bypocrita. Todos os modt>rnos e antigos historiadores como lluy de Pina, Chris– tovão Bodrigues Azinheiro, Damião de Goes, AITonso Cerveira, Audre de Rezende, Gomes Cannes de Azurara, e outros incluso Fernão Lopes, pa– triarcha de todos ellcs na frase do esclarecido Academlt:o Francisco Ma– noel Trigoso ele Aragão Morato, tendo nanado os amores inchncessos e desatinados dos Príncipes não merecerão a censura de ~erem offensores da moral ·e da decencfo com per (ltt da . sua propria d,ignidade: antes· :sim Q conceito de terem escripto com mu~deza e diligencia proprias do seu caracter sis udo, indagadm· e vc riclicQ. E_ ~otav 1 •h11 c11te o stigundo d os historiadores citados não desmereceo no JUizo dos Ll'ilores pol'que– tra tando na sua complicação das Cronicas dos Reis até Dom João nr de ll:!r pernoitado na Casa d e Nossa Senhora do Espinheiro j un to a Evor a a Infanta Dona lzabel , filh a de El-Rci <le Ca 5 ieila Dom Fe ro onclo, e desposada com o P l'incipe Dom Affonso, filh o de Dom João u. disse : « E o P1facip-e houve aqui a Pl'i oceza essa noite, 1> qu:11 fo i repn•hen ... d.ido pn,r rr nri 11;rrja 11 , Entrou ou não es t6 llíl!I ipodo d(ls1, o <lo roi»Wl'lvi da l i nu à no d omiulo dt\ U.i Ló1'ia 'l .&µt.r9µ 1 _po rque 4ID lt'lHl •()I
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