BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.
-58- util eo portentozo: e os mesmos edilicios de Maíra íorão a instigação rlo genio d a nação pa ra as Arles e pa ra o primor, a que depois chegou a Estatuaria e a Escultura d elicada: embora se chame a essa fabrica uma b.igaLella maravilhosa, o dixe de um Rei liberal, abastado e m.1g11ilico. To<la a crilica, que SP lhe faz, eu a consiJero procedida do dt!sa gratlo de hav1•r aquelle Soberano fabricado junto a este monumento esplendido um Pa– Jacio, a que a mesma critica denominou ~louaslico: e julgo d rsmerece-la 'llm Mou,u·cha de caracter medio com assomos de Dom João l e 0 de llúm João Til que desE-java ver a Cidade de Lisboa ennobrecitla de vistosos e appara– tosos ediliciu,s , e nJo uo estado em que Pliuio l\Jaior attesta de l\oma :!G au oos autes d e n_ascer Augusto, em cujo tempo se te ve por rcprehen– s ivel exemplo de ma1?nificencia levantar Marco Lepido nmt,reiras de mar– more em uma casa. Um Monarr.a em summa de clarissimai. luzes e sublimes virtudes • que soube conser vu a dignidade do seu Throno o esplendor da Nação, o respeito do seu nome em toda a Europa, a gra n– diosidade do seu animo: e que mostrou querer dilatar os limites do engenho empenhando-se em proteger as Academias dos Escolhidos, dos Applicaclos, dos Anonimos e dos Occultos da Corte e fundando a Aca– demia L\eal da llisto,·ia Portuguez11, da qu;1I alguns Socios ajnntárão gran• de copia de 1uateFiaes nas muitas Memol'ias antigas que recolherão das lHblioth ccas e Cartorios publicos e particulares : e ordenando pelo s eu Al vará de 20 de Agosto de 1721 a conservação dos antigos monumen– tos. Concluirei senindo-me «;las mesmas expressões do Visconde de San– t arem no seu Quadro elementar das Relações Puliticas e Diplomaticas de Por– tuga l:,, Elias nos fazem ver quãu _injusto séj a o conceito, qne em geral se tem feito do reinado de EIHei Dom João V, e com quanta parcla– lidaue ioi eutre nós julgado um Sobe rano que solll.Je fazer escC'lha de homens de E,;tado da estofa de Dom Luiz da Cunha, do Conde de Ta• r ouca e de Antonio Guede~ Pereira, cujos talentos a lio fic(l rilo devendo nada aos dos mais di:;tinctos Ministros das Escolas políticas do tempo em que vive rão.» Os grandes Priocipes medem -se pela amplitlão do animo, pela sa– bedoria d.is Ordenações Civis, Criminaes • Economicas , e Mercantis , e p ela magnilkencia das acções. Se o lu:lO 0st entador apparcceo na Cor– te em estilo Asiatico , tambem da mesma forma foi visto no Bra il até na raça pre ta , como pro~ a a Leí sumptuaria ~ue º. modn av o1 : e lle put- 1.tlou com o ouro do seu solo, e tomou o mesmo imperro, que ja havia exer– ci<lo antes e d e1iois das riq uezas da Asia. A _Le i re 5 lricti va do lu xo lvl · illudida de modo s<im"lltante como a Lei Oppia na Homa Pagãa. Ls to ]1e verdade: bem como iguahnPnte o be ter sido S,,crific<1d11 ao com. mercio da Asia a Africa, e tambem o Brasil em quanto Cot ão ignotas QS suas ricas Qlluas de ouro e de diama,Hes: e depois com, o descaimen"'.
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