BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

-55- cladr e do orgulho os gozo11 modrs tos. puros e reaes que deve.m acom– panhar o uso bem entendido das riquezas. Assim o prova a Pragma– tica de 22 de l\larço de :1487, que este l\lonarclia promul gou para pro– bibir as sedas e os brocados, e prescrever a moder;ição nos vestidos de– ~anirnando as fostuos as e inuteis profusões. Desde o dito Rei niio cessárão as Leis sumptuarias , porque nunca 0 luxo deixou de existir mais on menos. Portunto o ma gnifico Asiatico Pm– porio niio e;)sinu11 aos Portnguezes o gosto ruinoso do seu lnxo alti vo: Vasco d'I Gama que após do Pir.montez Cbristovão Colombo amplificou a esfera da iutelli gencia bumana mostrando na terra novas plagus, nas agua6 n_ovos mares, e no Ceo novos luzeiros, qu an<lo r eceb t>o no mar 0 rei de l\lclin1lc, que vinha visita-lo; e ~e .iprcs,•111011 como rmbaixa– dor do seu l\lonarcha cm Callecot ao poH•ntc Samorirn n os se us ~um– ptuosos aposrntos escondidos cm jardins ocforifr ros e formoso s, mostrou-se vrstido ao modo llispr1110 com roupas de sctim carmesi d r Ven r za, capa b,,ndada de veludo e cheio de ouro, qu e rP)uzia nos botões das man– gas, nos gol ges do gib,io, no recamo das calças soldadrscas, no gorro emplumado, e na espada cingida ao uso dos Italianos. E a sna comitiva ost<' otava tiio lindo esmalte nos brocados, e outras lonçanias que se– guudo ilS palavras do grande e immortal Camões ,•ia -se. Qual apparece o arco rutilante Da bella nympha, filha de Tha umant e, Niio responclo ao lnxo rrligioso, porque o m eu aggres~or nl'io deixa co lhCI' das suas expressões se ellr o julga devido in1medi atamen te aos homens dedicados ao Estado Ecclesiastico, oti se ao zelo f>Xtremoso da Religi:io, que movia a grandiosidade do Soberano a estender o esplen– dor do culto ao esplt'ndor dos Ministros delle. Com tudo niio foi só nos dias de EI -Hei De>m João V que se vio a rr.a gnifi cencia n ns TgrPjas: j :'í ,rntes rio ouro das i\liuas Üf'l'aes havia clito o Jrs uila Antonio Vi eira:« Em ncnltu mo pnrtc <lo mundo h e ranta a cobiça ele adquirir, como Pm Lishoa a amhi çiio de gastar por Deos. ()uc Ig rej a h a nes ta multid ão ele tantas cm um dia de festa q11<' s e não parPça com a que vio des– cer do C!'O São Joiio: T,rnqu:im sponsa m ornatacn viro suo? O ouro, e os brocados. de que se vrstem as par<'des, são o objt>c to vul gar da ,,ista : a ha•monia dos coros suspensão e ele vação dos ouvidos : o ambar e 0 ;;lmisca r f' as outrJs es peci rs aromaticas , qu e va pnrão n as caçou las. até pelas I u11s recr ncl Pm muito ao longe, f' CCln vidão pr )Q olfa to o concurso n • o pl'imordio d a povoação de Minas Geraes OílO dilTerio occasional• mNit e rlG primordio das out1·as Provinci as: foi a s ed e das r iquezas quem .despei'tou um particular cuidado na pesquiza e lavrn das minas de o u ro; •

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