BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

Portanto o Brazil desde 1500 até 1652. teve 5ú ,moos em que niio recebro coloni.is, e o re!>lo do iuttl'\'allo fui de grandes 1wrdas pelos roubos e excessos comrnettidos no seu mar tenitorial e na costa pi,r Corsarios e Pirutas Francezes tolerados pr lo Governo daqu clla 1wr iio cm respeito ao seu estado interior e tcnuid.idc de suas fin a nças: circuns– ·tancias pujantes c1ue o,; faziito continuar não oustante as rn inas que mulla vezes lhes pruduzião os cruzeiros l'or tuguezes: não ~endo tambl:' ID menos nocivos ao adiantamento das povoaçõe:. os aventureiros da mesma F rança, que buscavào e:.tabclccer- se no p.iiz pela couiça, que no anuo d e if>:H. começara a havt>I' da :, cousas de J>ortu.;al na loi:;latcrra e na 1,•raoça, e diZi dO q 1 1e era para n ·m ir do cath ci10 os i\me1icauos, que se acbavão mor tificados com u111 jugo intolcravel. Tão antigo he o as– soalhai' uma cousa para dissimular outra! A protecção dos Lndios ser– via de capa á paixão de ajuntar riquezas. Diz mais o mesmo reprehensor « que a Provinci~ de Minas Gcrae11 de,.de o seu começo, sobresabio sempre em população ás outras a des– peito das copiosas riquezas, que se exbauria do seu ten itorio mediante o horrível tribut0 da capitação, quinto, e outros, qu e a limentavão ua l\l etropoli e com espanto:,a dissipação o luxo religioso e o da Corte no estilo A. ssiatico ». Este lcixe de arguições vag.is e a ffectada s se desfaz pelas r.izões seguintes. !'do foi a Provincia ·c1e !\tinas Geracs a unica que attral..iio moradores: a da Bnhia de Todos os Santos a prece-· deo nessa attracção, em que entravão alem dos Portuguezes transplan– tados os Americunos das outras Provincius: e cbegou a ver os mesmos habitantr.s das Geraes aproveitarem-se da abundancia do seu ouro quando este met1.1l se tornou escasso naquella Provincia: agora mesmo se está alli renovando scena semelh.inte. O luxo Assiatico· da Corte não dr.stroe a opinião de que o om·o das muis ricas minas do Brasil tolheo o in– teiro desenvolvimento d e toda a lndus1rt<1. Ntio foi elle o primeiro que p 0 -rtugal tem o~tentado: j ,í em 1279 cento e sessenta e tres annos antes que Antão Gonçalves, Guarda-Roupa do Infante Dom Henrique, trouxesse de Guiné o primeiro ouro em pó era tão notavel que El- Rei Dom Diniz comia em mesa toda d e prata: e etn 1.370 os remeiros da Galé C.ipi– tanea da Esquadra mandada a conduzir a Infanta Don a Leonor, filha de Dom Pedro l\ei de Aragão contratada a casar com El- fi ei Oom Fr.r– n ando, h ião vestidos de seda variegada, e todas os n 1 ais Galés soberba– m ente adornadas, e leva vão para dilferentes despezas O cahedal de úSOOO marcos de ouro segundo r efere F rei Manoel dos !3antos no Tom. 8. 0 da Monarch ia Lusi tana Liv. 22 Cap. 16 : e no reinado de Dom João TJ. era amado o luxo a despeito cios justos pensamen tos dns RhPlol'icos, dos Moralistas e dos entended.ores da Eéonomia Politica, !.los quaes •todos de,– Qlámavão demonstrando serem Jlreferivei 5 aos gozos dispendiosos da \'a\•

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