BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.
-53- ttlla, quando lhes rlro parte da via{;em de Pedro Ah:ires Cabral para a l1111&,, e <la 1erra nova111c111c por ellc descoberta e nomeada de Santa Cruz, tli1.euJo 11ae ,, po.sição tlest..i eru su11w1,,,11ente conveniente para a nuvegaçcw d ,t Jn,Li", por Jtlt: 11lli se repw·11vâo os navio.s e tomavão ,·e/i·escv, e desta maneira fozeudo inf,•rir uma propt•nsão para antepor o novo p,111. aos portos opporlllnos para anibatla e cstubelecimeutos mercantis ex• JJlora,los e recuultccidos n<1 prirucira expedição destinada a marcar a linha de na,1•gação para o Oriente e a examinar o estado commerciaJ e pohtico daquella plaga. 2.-> O dos Sclvaticos, que tazião dos Colonos aho iu variavel das suas frechas tanto nus 18 annos do sy~tema de po– voar com Duoatarias espaçosas arloptado pelo Rei Dom João 11[, como depois <la alteração, que clle fez n•·ste systema. 3. 0 O dos Francezes, que se alliavão com os Gentios contra as recentes colonias, como fize– r.1o os J'ilaguares da Parailu I! llarnaracá onde desde 1526 ja existia a F'eitoria assentada por Christovãa Jaqnes, e com os Caytes de Pernam• buco e llio de s,1o Francisco, com os Topinawb:ís em Sergipe• e com os Tamoios em Cabo Frio e Hio de Janeiro, não sem provarem gran• des estragos a 29 de Abril de 1554 no combate naval de Cabo Frio, e em 15o0 os qttc recebPriio em seus navios das mãos dos Capitães Pe– dro Lopes d!' Souza, Luiz de M!'llo da Silva, e Christovão Jaques. 4. o o dos Corsarios e Pechelingnes Francezes, que infestando sempre O mar 1erritorial e pol"los do Brasil nos dias de Francisco l, de Henrique II, de Francisco I[, de Carlos IX e de Henrique Ili amedrontavão a trans. planiaç,io dos Portuguezes com depredações e matanças ta!'s como as que t1penírão debaixo do mando de Jaques Soria em 1570 , e de João de Capdeville em 1571 nas numerosas familias de Lisboa e da Madeira em 62 Sacerdotes da Companhia, e outras mais pessoas que vinhão es: tabelecer-se no Brasil: e era tanta a rriteração de~tes actos que chegou a conversar-se á mesa de Dom João III no muito damno que os ditos pir<1las faziâo ao reino, e c1ue melhor seria sua paz fingidt1: ao que rcs• pondeo aquelle Soberano,, Não nos cumpre guerra com a França porque temos fora todo o movei». A mesma frequ encia dos piratas, que não terminou no tempo da mui funesta usurpação de Portugal pelos Felippes de CastP,lla, cleo lugar a que os navios da cancira do Brasil não mais navegassem soltos, mas sim em corpo de . frota debaixo da bandeira dos Commandantes das Esquadras da India: ,a primeira frota, que i,arlio para O Brasil, foi no auno de 1.601. sob a b_andeira de Antonio de Mel– Jo e Castro. 5. 0 Finalmente o da luta sangmnolenta com os Hollaude.Ees, que liuhão formado em 1.623 a celebre Companhia Occidental para con– quistat· a terra achada por cabral: em cuja luta perdeo-se m_uita gente, para– lisou-se a trans1Í 1 igr<1çJo, e vio-se um quadro bem la~t1moso da Histo– ria Po1·tugueza tJttal O da cmig1·ação dos moradores -te Pernambuco e 4cl Paraiba com Malllias de Albuquerque para as Alagoas.
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