BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

a ~stação prnpria da sna plantação, o tempo da sua fruclificação, e só de algun~ in<liquri a scrven1ia q11e a expf'riencia tem dictado aos naturaes se pude fazer deIIPs para o nutrimento, para a l\1edicina, e p11ra a1 Artes. Tudo explanei cm frase corrente e Portugurza , alfastando-me da terminologia clds,;ica e s,:ieutifica: nn que procedi corno quem nun• ca experimentou vouta<le de amestrar-se no idioma botanico, nem de verificar pela propria observação a dilfcrença que fazem os physiologis– tas da auLnç;io d<ls plantas em diurna pelas folhas e nocturna pela raiz: a do movimento asc1•nclente e descendente da seiva e dos suecos nas quarlras do anno: e da exhalação da substancia aerifol'me das folhas <>m nwlfazrnte de noite e purificadora da atmosfera de dia. Tenho com– panheiros de mui10 engenho, abastado~ cm doutrina, que não escreve• rão a ~osto alheio, mas sim a c,,prid10 seu : porem o meu aggressor, que me reprehende de 11,io ter cscripto scicntilicamente porque não cor– rigio a minha falta? l'orqu<! passou pela cuticula exterior do assumpt o deixJmlo de se internar no amago delle? · o meu aggressor sobre manifestar pela sua elocução que está des– tiluido de observações e de ex1leriencia para conhecer as nlações • a ordem da natureza, a sua eco110,nia, policia , e ÍOl'mação da terra, e em fim as utilidades que se podem tirar das produi:ções natu– raes alem das conhr.ci <las, accu:ia-me de não ter siáo Zoologista e Botanico: recusa -se a ter-me no predicamento, em que permanecem o cscriptor d;i Corogralia Brasilica, e Joaquim José Lisboa. author da Dcscripç:io das priucipaes producções, rios e animaes do Bi-a~il, os qu.les nunca forão censura,los por terem Teito mttnção de muitos productos naturaes som.ente pelo nomes indigenos: e nem t.io pouco me avisi~ nha á honra, que teve Felippe Alberto Patroni Martins Maciel Parente, natural do Pará, de se ver escripto na pauta dos Natul'alistas Ameri– canos, tendo sido o titulo legal que servio de fundamento a esta menção a Carla por elle publicada no Jornal de Coimbra N. 0 LX P2.rte II, na qual enumerou pelos seus nomes triviaf's alguwas plantas, seus frutos, wadeira e usos, a que os applicão, e alguns quaclrupedcs, aves, e pei• i,:es, sem que os mencionasse distinctam1•11te pelds familias, classes, or• dens, generos, espe~ks, e varie~ades. Ora o meu reprehensor que in– dicia possuir conhec1111entos eq~1valeutes aos de l\ichard, Mirbel, Des~ vaux, e oe caodolle, porque nao escreveo !legundo o i11dicio dos prin. cipio~ scientificos que aos seus l~bios assoma ? He este o unico meio que lhe cabia de emendar erros Ja que se presume senhor das enume– rdções do Naturalista, das descobertJS do Fisico e do Quin:ilco, em sum. ma um sabio p4ri) quem sPgundo o dizer de D'Alembert 01> seu dis– curi,o preliminar da Parte primeira da Encyclopodia o Univel'so he um facto unico, porque o tem abran~~do c~m as suas indagações, e sur- pi•ebencüdo a natureza nas suas leis prnnevas. •

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