BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

-46-= fza'l)e\., Goani e Í:parana e outros. Forn 'da Provincia tem parecf:nças CO'm estes pontos o campo ile Guarapuava ~ngrinaldado dt I.Jusques e ~tws montaohas, que o separ ·o dos campos gcraes dá Co1'ili!Ja, do rio P~quiri, do rio Cavernoso, do rio Pinhão, e ao ,:io 1 Jguasstí ao Sul: o tamp do Paraná com montinhos aG Norte de i\lissões: o campo do rio á~s V<!tbas: o campo ·talhado pe'fos rios Bélmonte e Pardo: o campo f'Dlre ~ste 1·10 e o da Verecla: e o campo denominado Geraes entre o rio das Contas e a cordilheira visiuha do rio de Una, unico espaço d'o 'Bra~ll -em que não se vc pa:1to, nem mato, e só ..reias safias e cei;as o com– )loem, que não dão vida a vcgJtal algum. O resto da Proviocia do Pará, que he a máxima -parte, f!s tá intei– . hmente ebroupado de matas vil'gens orgulhosas e proficuas, q11e fazem ó aSptcto flesta terra tão bella corllo fecunda. O meu aggressor 'fpz uma descripção tal que obriga a pedir-lhe que a clesobscureça p~rn . ser enten– ditla: 'pasmão os conhecedores do Parã de que elle por meio lJas suas co– rajosas ~abiscas organ izasse a Província de Campos acairf'lados de um cinião de verdura, e de que pelo mesmo poder, com que Ariosto pintor de en– cantos se deleitava em crear agradaveis <>xtravagancias, que Jisongr.ão a 'parte imaginativa e enganão inutilmf'ote a razão, ornasse de archipelagos 'bahia de Guajará e o canal de Tajipu1 ú. Tambem n/io foi feliz no fim tlo artigo: os lermos invade, conquista, engrandece, e desenvolve até que exclusivamente domine, não satisfazem a llção que parece querer seguir d'o Naturalista Alexandre ( *) de IJumboldt quando este trata da importunâ vegetação que observou no Caciquiari.., •um .dos canaes que communicão o Alto füo Negro com o Orinoco, diante tle cuja boca jaz a coroa ~(e ilhas que se alonga até ao Cabo das Arcas: ilhas, que muitos sabios julgão terem !!Ido forrna<las juutamente com a peninsula das Floridas e com O ·golfo do Mexico por uma grande rcvc,lu ~•"io volcanica. ·e *} M. Mialon, mission ari o .ipostolko, escrevendo de Dõng-Nay na Co~ cbinchina em 1831 a M. Cynac, Cura de São Lourenço de Puy, diz da vegetaçlio daquella paiz 10. 0 afastado do equador para o Norte assim: •« TodGis os dias do anno se tem constantemente a ver uma vetdura do mesmo modo fresca apesar dos ardores da zona torrida: um só dia ni"io •se passa sem ter novos frutos. A vi>get.ição patentea-se com desmedido vigor e magestade: he admira vcl a variedade infinita de vegetaes unidos, -apertados, confadidos, as especies lignosas muito mais que as Tierba– ceas: as palnieiras, que são dos principaes ornatos _das planícies ardentes, os cipós sarmentoso!', os ju1cos, longos e dobradtçôs, enlaçado's em ro– deios e nós multiplicadissiwos, todos se coadunão eiu 1;rupos: e as ar.. · vores dbpuHio ás outras suas visinhas que as comprimem a rerra n ª éessal'ia ào seu nutrimento.' as robustas áUà'fão 11s 'deb~is e 'fazem desa,.. parecer até os menores smaes da destruição,

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