BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

pulaçôio') s-e acl1a ·melhor de envolvido no m'eu 'Ensaio borngra6co: -mi só me •louvo nos sabios imparoiaes, e esta gente nfio ,pracisa da crflióa palavrosa rio Sr. Machado de Oliveira. 1Para mim só o louvor e a es:. lima tios benemerilos •no .gremio dos pel'ilôs são ha vrrcs superiores aos da ·ventura. l\lais uma imputação 1mallgna me b'e auojada no seguinte passo: « Não passare' adiante sem Tflotar que a palavra cabihla. d.e que innumeras ~ezes se 'serve o Sr. Haena para designar uma tribu indigena be iaa– dequada e ignominosa, porque posto que ella 1inclique orna associação ae familias segundo a authoridade dos classicos da lingna, hoje -v ulgarmente ht'! tomada em accepção menoscollante e como dt'Signanclo um gl'npo de facinorosos e bandidos: e o 1 istoriador de cerco n!io quererá contundir uns com os outros 'irrogando aos 1ndios a injuria que ;igora -resulta desta palavrd 1>. Bem mostra o meu aggressor que não estreita o ,seu 'c01:a– çiio na Esloica disciplina: he dorido, tem aifectos, e a té transcende moito o bom Las-Casas, l:llspo <le Chiapa, no grão de sensibilidade, que na sua alma os lndios excitarão. Urna palavra, que só clle discernP. alfron– tosa, o commove, o magoa, e o impelle a emlnaçar o escudo e a en. 1·istar a lança qual outro heroe da ,l\-Iancha a pró da pretendida affronta. 8e 1elle fôra pagão talvez agora pedisse a Jupiter o-s seus raios. Ad– mfra que ,os insultos padecidos pelos •Inclios atribulem um coração, em que não penet11árã·o dolorosamente os que elle mui reflexivo fez praticai' na sua saffgrenla Abrila<la. Tal he a ig-ualdade de caracter e a bnrmonia Ue sentimentos dl''.sl~ }1om'em. O senso de menoscabante, e de úm g rupo de facinorol!os ~ <bandidos cm que diz ser tomado vulg,artnente o vocabulo cabilda, só elle he que o dá, e o usa a mais terup·o, e tanto que p,•oclamando ao pri~ meiro Hatal11ão das Gua rdas Nacionaes c0mposto ,por ~He do r efugo do lJ)OVO e denomfüado força rnoralisad,i e concurso apul'ado da socie– da<Le do paiz. ,para escar:neccr dos Cidadãos aclivos e nota ve is , dos quaes ,uns vião-se perseguidos barbaramente com quevellas diligenc,iadas pelos andrajosos da chamada fo rça moi,alis ula, outros fugi1ivo:1 pelos matos e acossados por algoZPS, e .outros p11ezos -em car<!e res e Quarteis, e prQ..,_ nlmciados como -delinquHntes, cerrou a sua enfiada de palavras aptas a ,incendiar os animos no fogo da prr.•egu içiio nrste tom <• contra essa in– fame ca bilda de banaes escravos, que dl'sejão prendel'-Se de novo ao cepo da i.ervidão » Edifica por certo tão illitnita da commis<'raçiio. tão desmedida cariclude·! p 01 ·1,111 ainda suppondo que o vulgo· lhe dê a in– c ulcada acccr,ção de meooscallante he por v<'ntura dellf' que o litlera1o aprende a foliar ~ orrcr.to, on he clestc que aqnelle deve receber d ieta– .mos? Será para o meu aggc·essor mais pe1 1 feHa a Hngua na voz -do .povo do que na ,penna dos sabios? Ernb-ora o seja: eu me aferr() ao ,pal"e• .., 2

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