BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

- 3[t-. Logo l10nve uma outra causa, da qnal p,·oveio o roubo ele individuos, à pup1,tação : e esta causa não hc problemalica, ella pel a• tradicção ir– J:P.frqguvd nus he a pu111c1d J nas doenças epidemiCdS sarampo e bexigas, que ~c<1<le o scbreuito anuo tem consumido ext~emamenLc os moradores: causa sem duvida despuvoanle de todos os paizes, cujo físico ou moral pão conspir11 para del0ngar ~ P,rogresso da população: a qual no sentii– do eminente Uuarle Hibeiro de Macelio qu~nuo padece grande decremento ludo folla ao Estado: causa finalm ente, que Filangieri na ·Sciencia da Legislação reconhece como um tlai;ello, com que o Céo cas li ga aos po-. vos: 1n..1s qu.! o mc11 aggrcssor não julga ser " m ais saliente do u t1·u– iZ'U1rte11to ela popnlaçn.o, antes estabeleci! como elementos da de spovoa~ ção o movimen.to obrigado dos I.ndios pelo azorrague do Branco em set1 ser vjço, a intP-mperie das estações, e a resideucia dos lugares insalubres no inkrior da Provincia. A residencia nos lugares insalubres nüo he cansa- total'men·te admis,,. sivel. No Par;i não se precisa como na Batavia de precauções de sa,– uitlade para viver: quem goza a sombra e oxigenio d e florestas mais mimos.is dos elementos qt1e essas que os Gaulezes consagra vão aos seus. lll'OSl'S, não pode chamar insalubre o lugar da sua rcsideocia. A insa– lü.bricLicle lmhita nos ln.;os e igar apés apa ulados e mortos; em sillos des. pojdâOS de todt1 o impedimento das maias; de cujos miasmas as fcbres putridas e llcliosas são dons annuaes ~ mas ha um maior numero d'e lagos e igarapés que tem movimento perennal, e que por isso mais ajudão _qu~ prejudicão aos bons al'es e saúde da Provinda. Nesta não existem, Jagoas como ai; do territurio de Cuyaté em· Mi11as Geracs, nas quaes os animaes, que lhe bebem as aguas, ficão com os labios escociai.los, e a infecção dos ares pestilc.ntes se dilfnnde pelo espaço circumvisinho até :12 legoas: apenas se conta a do Jurupari-pirá no rio Madeira, da qual 0 pei xe l1e clotado. de uma t ;\o cxtraordinal'la insipidez que Ul!ID assado, nem guisado COI.D' tempero!> tem, sabor a cousa alguina. Não he a in– dicada residencia dos lodios q u:e lhes moti va o damno: he a sua indo, lencia em abrir poços d•e boa agua. para deixarem de introduzir Dil eco– nomia an1m"l a dos rios e rn cada auno promotora de diarrheas, febres, e outros dle1tos deleterios da vida, por se achar saturada do veneno d e ccllos despojos das matas accarretados na e st ª Çào de mai:1 assíduas chu vas pt'las svltas aguas de igarapés innundantes chamadas do monte, Em 11lguus pontos do coração ua Providcia fdzem paga r tributo a doenças os baios soprados pór ventos, qut! passão por bosq,ucs paludosos:. os effeitos d a zuna t<•rrida não !Ião sentidos pelos Codios c~mo os sentem os Bran– co~, mormente não fazendo excessos e il'rt!gularidades, de que se denvil a m aio1· parte elas suas 1: nfermidades: e o calor inteusu na passagem do :;01 úe u111 lleulisferio para o outro igual.nente pt'oduz achaques:. e

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