BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

-=- 25 .-são empregados pelos prosadores segundo o S<'U gosto no m etro pl'ivatlvo, que só di ffo re daquélle no que he ·conveniente á mag ia das fir.çl 'ies ca· ,racteres pi nturas ou mara il hoso ela Poesia. JJ Linhamos um i)iccionario exegetico, uma Meca nh d,1s pala-v r"s em ordé cn á harmon-ia d1> di scurso eloquente tanto cm pr.1 • ,·omo em ;verso, e ·uma Colfeq:iio de ralavras familiares Latinas e l l'lu llt'Zas: f&lta porem que ·este presumido de 1, 11• ,•er tocado o cr nido ·ume .da sapiencia nos assi1:malc a lin11a el e d1·mar– ção <los tcn o prosaicos e dos termos proprios <lo mecanismo da ·versi– ficdção e do rh ytbmo, e lhe addicione uma dilu cidaçã o das st1as palav!"as e fra ~es seguiuLes, -tod as proprissimas do seu gosto de sup'!rior ordem, e de uma clegancia vcvdadcirilmente aurea , qne -0 faz merecedor do cognome ele Abelha Athica, com que os Ath cu ienses disting uirão a l'lat,io. Ei-la:i; Ponto convergente de diversas estrada · e ca r.iinhos: Chefe cn1re– riano: os Torunrnns seculares: reminiscencias vermi nosas:. crença ortho– doxal: intcllcctualitlade al.Js tra ctu: raça banal: criação cyclopeana cios Je– .s uíta : dedo engastado num ingente annel: olhava a travez de rlous vi– dros que lhe mascarava a frente: baeta de cor _{irisante: os lnilios en– volvidos nas folhas similavão massas m'oventes de verdura: desliza n<lo contorsões colubriuas: fisionomia biblica: &. Suspt!ndo aqui para não 'fazer longamente extensa a transcripção de innumcras sem saboronas no-,•icla– d es de uma -pouco limpa e ps uco cas'lígada dicção! na qual os neolo– gismo, acyrologias, galUcismos e vocabulos poeticos dei.~:io de o se r por– que lhes dco esse cunho o agudo, claro, e discrero juizo, com qu e forão escriptos 0s longos e embrulhados discursos intitulados Celebraçã o da 1>aixão de Christo entre os Guaranis, e Dcscripção do Convento da Pe– nha na Provincia do Espirito Santo. Nestas obras jnnto a al guma q pas– sagens mais toler-aveis, cujo nume~o não t-ranscende o plu ral dos ,;regos, -campea tudo quanto pode dar-lhe o direito de gozar nos fa stos da Li– teratura o lugar distincto, que com.pele. aos escre.vedores· caprichosos em escurecer a elegancia, a copia, e a claridade da Lingua Por.tugueza, e em nào se motlelarem nos mais seguros exemplares della. Aqui me cai a proposito indicar o parall rlo da sobredita Descripçâo do Convento da Penha com a da romantica se1-ra de Ciurra, uma das volcauisadas de Portugal feita po1· Frei Heitor Pinto, na sua Iurn g<' m da vida Christãa: e iambr.m conduzir, á lembrança para co11íron1a,;ão da idea expressa na outra obra, cdebração da Paixão <le Jesus Christo, c@m um verbo novo, uma passage m de Frei Bernardo de Brito na .sua Cronica de Cis ter quando expoem o modo , com qne GPraruo Gi~a ldes p@r alcuu laa sem pavor tomou Evora aos Mouroq: he ella a segumte:11 Cobri.o -se Gerardc;, de ramas por se não dilforeul)ar do ôüt r o flr ,·o f•Prlo, e i:,llego ll jüh(O d ,t lfl ro íl l(l!l'!p9 ·g llOL!ll'OfiO que O Mouro J ,;, rmil!, 61 il filha t!UCostada n j nulla da lurr ~1ue oJlí p11r · o Nascenic osw • ,, l}

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