BAENA, Antônio Ladislau Monteiro. Discurso dirigido ao Instituto Histórico e Geografico do Brasil. Maranhão: Typographia Maranhense, 1844. 150 p.

)< o ~lll, he qtrnbradn pelas iie.rras do Escalvado, ficaa<ln pol' 11lso con a atenção de 7ú legoas: a cordilheira do Assut•t1ti .ce sa ·no sitio deno– minado Cocal: e lioalmcute a linha de serras da Gaiba he atalhada por um espuço plano al.igadiço, qne se prolonga para · o Poent e a pecdet' de v· là entre cllas e as de Al·buquerque. Toda esta enumeração de «lilbPiras summariamente feita coruo devia ser be sufficiente para Ir, r quanto longiq1ia est:i da verdade a opinião do meu aggr.essor ·e a dil\:i tação .indefinita das alterosas cordilheil'as da America Meriilio.– : a cordilllPil'a de lmaús, que começa em Siam e atrevessa ob'l-i(fua– m nte toda a Asia . e a do lndostiio que o col'la pelo meio e yai fe.necé-r no Ct!lcbrado Cdb.0 Camorim, s1io as uniças -co·rdilheiras alongadissimas .que diviso estendendo os olhos p·ela Geografia. Diz o meu a~gre s01·:•> Que o meu Ensaio Corografico- empresta Jí Topografica do paii no es1ilo oriental um typo imaginaria mais con– vinhavcl ao Eden de Mil ton 11. Nunca excogitei palavras pa.i,a manifestar as minhas ide11s, ao escreve-las: ·e se o fizesse bom protolypo teri;"" 0 ; elegante e discreto Jesuita Antonio Vieira, 0 qual costuma \'a ~scoM 1 e.fas t m mna es·pecie de matr'icula das beUezas da lingu-a, que t-inba sempr--e dr sobre mão e aviadas. Ainda n1ngu~m criticou .o e:itilo, eom que a illustre author dos Martires ( ChateaubFiand) escreveo e seu tinerai'ie; • '11 estilo não he mais do que uma tez: o ponto está qt1e a meélnlla seja -tioa, Muitos ba qae como eu errão em deixar cocrer a penna á ,·onta– de do coração: um desses foi o faJleeido Arcebispo de 'Braga Dom F rei ,Caetano Brandão que sendo Bispo do Pará, e tendo visitado as Povoações -desta Província, communicou por escPipto a um ami1?0 as suas 'VisHMI pastoraes, dando com delicado pincet o . .relevo e o colorido ·conveniente -ás ~mpressões, que fazia no seu ·espírito e no seu ctmição a ;mag,nifica perfeição da face da na'lureza, a qua-l com as s·u-as prodnc~ões reaHsa -quant-o as htsperias Cabulas di:vulgão: e desta sorte nunca ha tyfla 1m.r– giuario, nem o Jlode haver pois os assombrosos prodigios das obras d:e um Ocos, Ordenador d·o Cléo e Ter-ra, são ex~den-tes a todos os -aetaviOS da arte mais apurada, e a todas as exeursões que se possã~ fazer pe1o muudo ideal. , E quem mais imaginario, e mais idolatra •d_o seu -entendiment1> élo que o meu agressor, que estando na anroTa Julga- se no ·m-eio-dia do saber? Assim os estatuarios de Athenas adoTavão os •mentidos DCOl>'lls ·ciue fazião: assim Parr1 1 asio tinha tão alta opinião de si m esm-o__ que se inr.alcava de origem divina, Typo imaginario eu podet·ia empregar -se ·para tanto tivesse engeifh0, e me_ qnizesse gu!ar_peia arte de Platão -e-:u, n.formosear com vivas eores poettcas a descripç1t0 da alfortonad a terFa Atlantica, que el'le escre-veo fundado nas Memor'ias dos Atlaotides -<:Oll• aervadas tTadicionaknente pelos Sacerdotes do Egypto·, ·e foi nisso t ão · cf"kr~ ,, -,,1...::....., e- ~,() ; 1' ~ -?',(.:, :,p ~

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